Iara Almeida Adorno, Bianca Gomes Queiroz, Thaís Lara Moreira, Renata Duarte Ferreira, Anne Caroline Barbosa Pires Braga, T. R. Salim
{"title":"O que mudou na incidência da sífilis no estado do Rio de Janeiro de 2009 a 2019","authors":"Iara Almeida Adorno, Bianca Gomes Queiroz, Thaís Lara Moreira, Renata Duarte Ferreira, Anne Caroline Barbosa Pires Braga, T. R. Salim","doi":"10.21727/RS.V12I1.2467","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A sifilis e uma doenca infectocontagiosa cronica e sistemica que possui prevencao, diagnostico e tratamento facil, rapido e eficaz, mas que, atualmente, vem apresentando elevada taxa de deteccao, caracterizando um grave problema de Saude Publica nacional e global. Este estudo objetiva descrever como a sifilis vem sendo notificada no estado do Rio de Janeiro. Trata-se de um estudo ecologico e descritivo sobre a incidencia e distribuicao regional da sifilis adquirida, gestacional e congenita no estado do Rio de Janeiro nos anos de 2009 a junho de 2019. Utilizou-se bancos de dados oficiais do SINAN, SINASC, IBGE e da Secretaria de Saude do Estado do Rio de Janeiro, onde os dados coletados foram caracterizados de acordo com variaveis biologicas, sociais e geograficas. Foram notificados, respectivamente, 55.991, 45.783 e 30.232 casos de sifilis adquirida, gestacional e congenita. Houve predominio de gestantes entre 20 e 29 anos, pardas, com ensino fundamental incompleto e provenientes da regiao Metropolitana I. A sifilis gestacional foi mais diagnosticada no primeiro trimestre gestacional, predominando a subclasse latente. Ja a congenita apresentou maior incidencia em menores de 27 dias, subclasse congenita recente. O momento do diagnostico materno para sifilis congenita ocorreu principalmente durante o pre-natal. Pode-se identificar numeros consideravelmente altos e alarmantes, bem como a incompletude de informacoes nos bancos de dados. Deste modo, observou-se a necessidade do desenvolvimento e aprimoramento de estrategias de saude a assistencia materno-infantil mais resolutivas visando o controle da sua transmissao, melhoria do diagnostico e tratamento e a minimizacao de suas repercussoes. \nPalavras-chave: Sifilis; Sifilis Congenita; Sifilis Latente; Epidemiologia.","PeriodicalId":101123,"journal":{"name":"Revista Portuguesa de Saúde Pública","volume":"39 1","pages":"64-72"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-03-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Portuguesa de Saúde Pública","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.21727/RS.V12I1.2467","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
A sifilis e uma doenca infectocontagiosa cronica e sistemica que possui prevencao, diagnostico e tratamento facil, rapido e eficaz, mas que, atualmente, vem apresentando elevada taxa de deteccao, caracterizando um grave problema de Saude Publica nacional e global. Este estudo objetiva descrever como a sifilis vem sendo notificada no estado do Rio de Janeiro. Trata-se de um estudo ecologico e descritivo sobre a incidencia e distribuicao regional da sifilis adquirida, gestacional e congenita no estado do Rio de Janeiro nos anos de 2009 a junho de 2019. Utilizou-se bancos de dados oficiais do SINAN, SINASC, IBGE e da Secretaria de Saude do Estado do Rio de Janeiro, onde os dados coletados foram caracterizados de acordo com variaveis biologicas, sociais e geograficas. Foram notificados, respectivamente, 55.991, 45.783 e 30.232 casos de sifilis adquirida, gestacional e congenita. Houve predominio de gestantes entre 20 e 29 anos, pardas, com ensino fundamental incompleto e provenientes da regiao Metropolitana I. A sifilis gestacional foi mais diagnosticada no primeiro trimestre gestacional, predominando a subclasse latente. Ja a congenita apresentou maior incidencia em menores de 27 dias, subclasse congenita recente. O momento do diagnostico materno para sifilis congenita ocorreu principalmente durante o pre-natal. Pode-se identificar numeros consideravelmente altos e alarmantes, bem como a incompletude de informacoes nos bancos de dados. Deste modo, observou-se a necessidade do desenvolvimento e aprimoramento de estrategias de saude a assistencia materno-infantil mais resolutivas visando o controle da sua transmissao, melhoria do diagnostico e tratamento e a minimizacao de suas repercussoes.
Palavras-chave: Sifilis; Sifilis Congenita; Sifilis Latente; Epidemiologia.