I. Aragão, Paula Pitta de Resende Côrtes, Sara Cristine Marques dos Santos, Nilson Chaves Junior, Eucir Rabello, João Carlos De Souza Côrtes Junior
Introdução: Desde Hipócrates, século IV a.c., foi instituído que havia a necessidade de sistematizar uma maneira racional de analisar as queixas relatadas pelos doentes, dando à anamnese e ao exame físico uma estruturação que pouco difere do que se faz hoje. Ao ser inserido no contato com o paciente, deverá ser despertado, no estudante, segurança, sobretudo no que tange a abordagem do paciente, uma vez que a semiologia médica requer concentração, comunicação e conhecimento prévio da propedêutica e sintomatologia. O objetivo proposto foi desenvolver nos alunos o compromisso moral, o conceito de liberdade com responsabilidade, percebendo a importância de aprender o conteúdo e em sua vida profissional no futuro. Métodos: Estudo prospectivo e observacional, entre 02/2022 e 12/2022, como parte do projeto de pesquisa aprovado pelo CEP número 5.250.675, através da aplicação de questionário anônimo sobre o grau de satisfação do aluno da disciplina Fundamentos do Diagnóstico Médico (FDM) acerca da satisfação com a nova metodologia instituída: “A abordagem do conteúdo foi satisfatória?”; “o conteúdo abordado contribuiu para sua formação?”; “A metodologia através dos recursos fornecidos facilitou o aprendizado?”; “Opinião sobre os recursos de estudo disponibilizados pela disciplina”. Também foram coletados os números de faltas através do acesso à listagem de presença para identificar o grau de absenteísmo às aulas e avaliações. A metodologia foi idealizada pela coordenação do curso de medicina em seu plano curricular, onde o aluno recebe o checklist da avaliação de todo o exame físico do paciente, juntamente, com todo o conteúdo, previamente, elaborado pelos professores, na forma de vídeos, mapas mentais, e roteiros contendo resumos dos temas. Resultados: Total de 89 alunos responderam ao questionário sendo demonstrado predomínio de respostas positivas. Houve 81 respostas excelente e 6 boas em relação ao grau de satisfação; 85 respostas concordando plenamente com a facilitação do aprendizado e 4 concordando; 86 concordando totalmente com a contribuição para a formação médica e 1 concordo. Houve 1% de ausência às aulas e avaliações. Conclusão: Tal prática gerou feedback positivo por parte dos discentes, em relação à metodologia proposta, além de evidenciar a grau de compromisso com a participação às aulas, através do acesso às listagens de presença. Houve predomínio de avaliações positivas ao longo do ano de funcionamento da disciplina e baixo índice de absenteísmo nas aulas.
{"title":"Ensino prático de semiologia baseado em checklist de avaliação previamente fornecido. Liberdade com responsabilidade","authors":"I. Aragão, Paula Pitta de Resende Côrtes, Sara Cristine Marques dos Santos, Nilson Chaves Junior, Eucir Rabello, João Carlos De Souza Côrtes Junior","doi":"10.21727/rs.v14i2.3768","DOIUrl":"https://doi.org/10.21727/rs.v14i2.3768","url":null,"abstract":"Introdução: Desde Hipócrates, século IV a.c., foi instituído que havia a necessidade de sistematizar uma maneira racional de analisar as queixas relatadas pelos doentes, dando à anamnese e ao exame físico uma estruturação que pouco difere do que se faz hoje. Ao ser inserido no contato com o paciente, deverá ser despertado, no estudante, segurança, sobretudo no que tange a abordagem do paciente, uma vez que a semiologia médica requer concentração, comunicação e conhecimento prévio da propedêutica e sintomatologia. O objetivo proposto foi desenvolver nos alunos o compromisso moral, o conceito de liberdade com responsabilidade, percebendo a importância de aprender o conteúdo e em sua vida profissional no futuro. Métodos: Estudo prospectivo e observacional, entre 02/2022 e 12/2022, como parte do projeto de pesquisa aprovado pelo CEP número 5.250.675, através da aplicação de questionário anônimo sobre o grau de satisfação do aluno da disciplina Fundamentos do Diagnóstico Médico (FDM) acerca da satisfação com a nova metodologia instituída: “A abordagem do conteúdo foi satisfatória?”; “o conteúdo abordado contribuiu para sua formação?”; “A metodologia através dos recursos fornecidos facilitou o aprendizado?”; “Opinião sobre os recursos de estudo disponibilizados pela disciplina”. Também foram coletados os números de faltas através do acesso à listagem de presença para identificar o grau de absenteísmo às aulas e avaliações. A metodologia foi idealizada pela coordenação do curso de medicina em seu plano curricular, onde o aluno recebe o checklist da avaliação de todo o exame físico do paciente, juntamente, com todo o conteúdo, previamente, elaborado pelos professores, na forma de vídeos, mapas mentais, e roteiros contendo resumos dos temas. Resultados: Total de 89 alunos responderam ao questionário sendo demonstrado predomínio de respostas positivas. Houve 81 respostas excelente e 6 boas em relação ao grau de satisfação; 85 respostas concordando plenamente com a facilitação do aprendizado e 4 concordando; 86 concordando totalmente com a contribuição para a formação médica e 1 concordo. Houve 1% de ausência às aulas e avaliações. Conclusão: Tal prática gerou feedback positivo por parte dos discentes, em relação à metodologia proposta, além de evidenciar a grau de compromisso com a participação às aulas, através do acesso às listagens de presença. Houve predomínio de avaliações positivas ao longo do ano de funcionamento da disciplina e baixo índice de absenteísmo nas aulas.","PeriodicalId":101123,"journal":{"name":"Revista Portuguesa de Saúde Pública","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"81105705","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Márcio Do Nascimento Castilho, André Luiz Vasconcellos Vargas
Este trabalho tem, como objetivo, apresentar uma revisão de literatura sobre os tratamentos possíveis para os casos de infecção por Staphylococcus aureus resistente à meticilina. A pesquisa foi realizada através da busca por assunto de publicações científicas no período compreendido entre janeiro de 2021 a janeiro de 2022, disponíveis no Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Foram analisados os 100 artigos mais relevantes reportados pelas buscas, sendo considerada a proporção de artigos para cada palavra-chave pesquisada. Em seguida, foram analisados os artigos de acordo com os critérios da metodologia chegando-se a um total de 28 artigos. Concluiu-se que, apesar de grande parte dos antibióticos convencionais disponíveis atualmente não possuírem uma grande eficácia no tratamento das infecções causadas por Staphylococcus aureus resistente à meticilina, a ciência contemporânea tem buscado novos recursos que possam potencializar ou substituir o efeito da antibioticoterapia convencional com o objetivo de fazer com que o resultado terapêutico se torne mais efetivo e, dentre estes recursos, destacam-se o emprego de nanopartículas conjugadas aos antibióticos e a terapia à base do produto natural Lactoquinomicina-A.
{"title":"Tratamentos de infecções por Staphylococcus aureus resistente à meticilina: uma revisão sobre novas possibilidades","authors":"Márcio Do Nascimento Castilho, André Luiz Vasconcellos Vargas","doi":"10.21727/rs.v14i2.3633","DOIUrl":"https://doi.org/10.21727/rs.v14i2.3633","url":null,"abstract":"Este trabalho tem, como objetivo, apresentar uma revisão de literatura sobre os tratamentos possíveis para os casos de infecção por Staphylococcus aureus resistente à meticilina. A pesquisa foi realizada através da busca por assunto de publicações científicas no período compreendido entre janeiro de 2021 a janeiro de 2022, disponíveis no Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Foram analisados os 100 artigos mais relevantes reportados pelas buscas, sendo considerada a proporção de artigos para cada palavra-chave pesquisada. Em seguida, foram analisados os artigos de acordo com os critérios da metodologia chegando-se a um total de 28 artigos. Concluiu-se que, apesar de grande parte dos antibióticos convencionais disponíveis atualmente não possuírem uma grande eficácia no tratamento das infecções causadas por Staphylococcus aureus resistente à meticilina, a ciência contemporânea tem buscado novos recursos que possam potencializar ou substituir o efeito da antibioticoterapia convencional com o objetivo de fazer com que o resultado terapêutico se torne mais efetivo e, dentre estes recursos, destacam-se o emprego de nanopartículas conjugadas aos antibióticos e a terapia à base do produto natural Lactoquinomicina-A.","PeriodicalId":101123,"journal":{"name":"Revista Portuguesa de Saúde Pública","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"83667064","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
No Brasil, o infarto agudo do miocárdio (IAM) é a mais grave manifestação de doença arterial coronariana e seu número de internações cresce a cada ano. Com o processo de envelhecimento da população, as chances de ocorrência da doença também aumentam, uma vez que os fatores de risco são maiores. Diante disso, o objetivo do estudo foi realizar uma análise epidemiológica relacionada ao infarto agudo do miocárdio no estado do Rio de Janeiro, no período de janeiro de 2010 a dezembro de 2019. Foi realizado um estudo observacional e descritivo, através da coleta de dados a partir do Sistema de Informações Hospitalares/Sistema Único de Saúde (SIH/SUS) – DATASUS, acerca do CID-10 I21, na qual foi avaliado internações, óbitos e taxa de mortalidade por sexo, faixa etária e região de saúde. De acordo com esses dados, nos últimos dez anos, foram realizadas 73.541 internações por IAM, sendo mais prevalente em idosos, os quais também foram os que mais evoluíram para óbito. Em relação às regiões de saúde, observa-se que as internações ocorreram mais nas regiões metropolitanas I e II. No entanto, as maiores taxas de mortalidade foram na região metropolitana II e noroeste. Em relação ao sexo, mulheres são menos internadas, porém tem maior taxa de mortalidade. Nesse sentido, é possível avaliar as principais causas e fatores de risco para sua ocorrência na população, a fim pode ajudar a estabelecer um plano para maior prevenção primária e controle de fatores de risco, para reduzir a incidência da doença, e consequentemente, a necessidade de internação. Palavras-chave: Infarto agudo do miocárdio; Epidemiologia; Internação.
{"title":"Infarto agudo do miocárdio no Rio de Janeiro: análise epidemiológica entre 2010 a 2019","authors":"Letícia Santos Figueredo, Vitor Moreira Alvarenga","doi":"10.21727/rs.v14i2.3449","DOIUrl":"https://doi.org/10.21727/rs.v14i2.3449","url":null,"abstract":"No Brasil, o infarto agudo do miocárdio (IAM) é a mais grave manifestação de doença arterial coronariana e seu número de internações cresce a cada ano. Com o processo de envelhecimento da população, as chances de ocorrência da doença também aumentam, uma vez que os fatores de risco são maiores. Diante disso, o objetivo do estudo foi realizar uma análise epidemiológica relacionada ao infarto agudo do miocárdio no estado do Rio de Janeiro, no período de janeiro de 2010 a dezembro de 2019. Foi realizado um estudo observacional e descritivo, através da coleta de dados a partir do Sistema de Informações Hospitalares/Sistema Único de Saúde (SIH/SUS) – DATASUS, acerca do CID-10 I21, na qual foi avaliado internações, óbitos e taxa de mortalidade por sexo, faixa etária e região de saúde. De acordo com esses dados, nos últimos dez anos, foram realizadas 73.541 internações por IAM, sendo mais prevalente em idosos, os quais também foram os que mais evoluíram para óbito. Em relação às regiões de saúde, observa-se que as internações ocorreram mais nas regiões metropolitanas I e II. No entanto, as maiores taxas de mortalidade foram na região metropolitana II e noroeste. Em relação ao sexo, mulheres são menos internadas, porém tem maior taxa de mortalidade. Nesse sentido, é possível avaliar as principais causas e fatores de risco para sua ocorrência na população, a fim pode ajudar a estabelecer um plano para maior prevenção primária e controle de fatores de risco, para reduzir a incidência da doença, e consequentemente, a necessidade de internação. \u0000 \u0000Palavras-chave: Infarto agudo do miocárdio; Epidemiologia; Internação.","PeriodicalId":101123,"journal":{"name":"Revista Portuguesa de Saúde Pública","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"88732655","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Fernanda Diniz Diniz Fernandes, Christianne Terra de Oliveira Azevedo
A pneumatocele é uma complicação incomum que acontece em consequência das pneumonias bacterianas graves em crianças. São mais comuns em crianças menores de 3 anos. Na maioria dos casos é preconizado a abordagem conservadora, reservado para os casos complicados o tratamento cirúrgico. Esse artigo teve como o objetivo apresentar o caso de uma pré-escolar portadora de uma pneumatocele gigante, analisando suas particularidades de acordo com a literatura existente, apresentando ainda os possíveis tratamentos envolvidos no manejo da patologia, evitando abordagens equivocadas que levam a maior morbidade. Pré-escolar de 4 anos de idade, sexo feminino, branca, no ano de 2019 diagnosticada com pneumonia bacteriana não especificada, que por piora clínica e radiológica foi internada na UTI pediátrica, evoluindo com uma pneumatocele gigante, com risco de romper e fazer um pneumotórax. Optou-se por uma abordagem cirúrgica, sendo realizada toracostomia com drenagem pleural. Após alguns dias com o dreno, houve melhora clínica e radiológica, evoluindo para alta hospitalar. É importante a observação da clínica, do estado geral e dos sinais radiológicos, especialmente quando há o aumento progressivo da pneumatocele e a paciente evolui com piora clínica, laboratorial e radiológica, para que assim as complicações sejam identificadas e abordadas em tempo oportuno.
{"title":"Abordagem da pneumatocele gigante em pré-escolar: relato de caso","authors":"Fernanda Diniz Diniz Fernandes, Christianne Terra de Oliveira Azevedo","doi":"10.21727/rs.v14i2.3443","DOIUrl":"https://doi.org/10.21727/rs.v14i2.3443","url":null,"abstract":"A pneumatocele é uma complicação incomum que acontece em consequência das pneumonias bacterianas graves em crianças. São mais comuns em crianças menores de 3 anos. Na maioria dos casos é preconizado a abordagem conservadora, reservado para os casos complicados o tratamento cirúrgico. Esse artigo teve como o objetivo apresentar o caso de uma pré-escolar portadora de uma pneumatocele gigante, analisando suas particularidades de acordo com a literatura existente, apresentando ainda os possíveis tratamentos envolvidos no manejo da patologia, evitando abordagens equivocadas que levam a maior morbidade. Pré-escolar de 4 anos de idade, sexo feminino, branca, no ano de 2019 diagnosticada com pneumonia bacteriana não especificada, que por piora clínica e radiológica foi internada na UTI pediátrica, evoluindo com uma pneumatocele gigante, com risco de romper e fazer um pneumotórax. Optou-se por uma abordagem cirúrgica, sendo realizada toracostomia com drenagem pleural. Após alguns dias com o dreno, houve melhora clínica e radiológica, evoluindo para alta hospitalar. É importante a observação da clínica, do estado geral e dos sinais radiológicos, especialmente quando há o aumento progressivo da pneumatocele e a paciente evolui com piora clínica, laboratorial e radiológica, para que assim as complicações sejam identificadas e abordadas em tempo oportuno.","PeriodicalId":101123,"journal":{"name":"Revista Portuguesa de Saúde Pública","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"82510762","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Carla Oliveira do Nascimento, Vitor Moreira Alvarenga
A pandemia da COVID-19 provocou uma elevação súbita de pacientes com necessidade de cuidados intensivos. Muitos evoluíam rapidamente para síndrome de desconforto respiratório grave, com prescrição de bloqueadores neuromusculares. O objetivo deste estudo é avaliar se houve aumento no uso de bloqueador neuromuscular (BNM) nos pacientes críticos na unidade de terapia intensiva do Hospital Universitário de Vassouras e sua correlação com o número de pacientes portadores de COVID-19 no ano de 2020. Trata-se de um estudo transversal, em que os dados foram obtidos através de revisões de prontuários e conferências de fármacos dispensados pela farmácia entre janeiro de 2019 e dezembro de 2020. Foram selecionados somente pacientes críticos, definidos como aqueles em ventilação mecânica e/ou em uso de aminas vasoativas, e portadores de COVID-19 aqueles com PCR ou antigeno ou sorologia IgM identificados em prontuário. Foram analisadas as relações do número de BNM dispensados por paciente crítico nos dois anos. Em 2019 foram contabilizados 106,23 BNM dispensados por paciente crítico, em comparação com 231,76 no ano de 2020. Houve um aumento de 118% no uso de BNM no ano de 2020, justificado pelo alto fluxo de pacientes críticos e portadores de COVID-19, quando comparado ao ano de 2019.
{"title":"Influxo de pacientes portadores de COVID-19 e o aumento do uso de bloqueadores neuromusculares na unidade de terapia intensiva do Hospital Universitário de Vassouras.","authors":"Carla Oliveira do Nascimento, Vitor Moreira Alvarenga","doi":"10.21727/rs.v14i2.3760","DOIUrl":"https://doi.org/10.21727/rs.v14i2.3760","url":null,"abstract":"A pandemia da COVID-19 provocou uma elevação súbita de pacientes com necessidade de cuidados intensivos. Muitos evoluíam rapidamente para síndrome de desconforto respiratório grave, com prescrição de bloqueadores neuromusculares. O objetivo deste estudo é avaliar se houve aumento no uso de bloqueador neuromuscular (BNM) nos pacientes críticos na unidade de terapia intensiva do Hospital Universitário de Vassouras e sua correlação com o número de pacientes portadores de COVID-19 no ano de 2020. Trata-se de um estudo transversal, em que os dados foram obtidos através de revisões de prontuários e conferências de fármacos dispensados pela farmácia entre janeiro de 2019 e dezembro de 2020. Foram selecionados somente pacientes críticos, definidos como aqueles em ventilação mecânica e/ou em uso de aminas vasoativas, e portadores de COVID-19 aqueles com PCR ou antigeno ou sorologia IgM identificados em prontuário. Foram analisadas as relações do número de BNM dispensados por paciente crítico nos dois anos. Em 2019 foram contabilizados 106,23 BNM dispensados por paciente crítico, em comparação com 231,76 no ano de 2020. Houve um aumento de 118% no uso de BNM no ano de 2020, justificado pelo alto fluxo de pacientes críticos e portadores de COVID-19, quando comparado ao ano de 2019. \u0000 ","PeriodicalId":101123,"journal":{"name":"Revista Portuguesa de Saúde Pública","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"86160358","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
João Vitor Ponciano Gama, Emílio Conceição de Siqueira
As internações por condições sensíveis à atenção primária (ICSAP) constituem um indicador da atenção primária à saúde (APS) e da atividade hospitalar. Quando alcança êxito na prevenção, diagnóstico e manejo de condições de saúde, bem como resolutividade e abrangência, a APS pode reduzir essas hospitalizações. A hipertensão primária é uma das ICSAP, cuja carga de morbimortalidade aumenta com o envelhecimento populacional e a transição epidemiológica. Assim, o objetivo do estudo é analisar as internações por hipertensão primária, no contexto das ICSAP, no estado do Rio de Janeiro, entre 2010 e 2019, de forma a avaliar a atuação da APS. Trata-se de um estudo observacional com dados da plataforma e-Gestor Atenção Básica e do Sistema de Informações Hospitalares, sobre a cobertura da Atenção Básica (AB) no estado do Rio de Janeiro, de 2010 a 2019, e as internações por hipertensão essencial (primária), por pacientes residentes no estado. Houve aumento na cobertura da AB e queda nos números de internações. A maioria dos internados eram do sexo feminino, adultos e idosos. Houve também um decréscimo no número de óbitos. Os resultados reforçam a relação existente a APS e as ICSAP. O padrão de acometimento dos pacientes, também observado em outros estudos, reforça as características da hipertensão primária. Os achados apontam que houve melhorias na APS e na atividade hospitalar ao longo do período estudado, que reduziram os números de internações e óbitos. O acometimento de pacientes mais velhos reforça os aspectos da doença e da transição epidemiológica.
{"title":"Internações por hipertensão primária no estado do Rio de Janeiro: uma análise da atenção primária","authors":"João Vitor Ponciano Gama, Emílio Conceição de Siqueira","doi":"10.21727/rs.v14i2.3298","DOIUrl":"https://doi.org/10.21727/rs.v14i2.3298","url":null,"abstract":"As internações por condições sensíveis à atenção primária (ICSAP) constituem um indicador da atenção primária à saúde (APS) e da atividade hospitalar. Quando alcança êxito na prevenção, diagnóstico e manejo de condições de saúde, bem como resolutividade e abrangência, a APS pode reduzir essas hospitalizações. A hipertensão primária é uma das ICSAP, cuja carga de morbimortalidade aumenta com o envelhecimento populacional e a transição epidemiológica. Assim, o objetivo do estudo é analisar as internações por hipertensão primária, no contexto das ICSAP, no estado do Rio de Janeiro, entre 2010 e 2019, de forma a avaliar a atuação da APS. Trata-se de um estudo observacional com dados da plataforma e-Gestor Atenção Básica e do Sistema de Informações Hospitalares, sobre a cobertura da Atenção Básica (AB) no estado do Rio de Janeiro, de 2010 a 2019, e as internações por hipertensão essencial (primária), por pacientes residentes no estado. Houve aumento na cobertura da AB e queda nos números de internações. A maioria dos internados eram do sexo feminino, adultos e idosos. Houve também um decréscimo no número de óbitos. Os resultados reforçam a relação existente a APS e as ICSAP. O padrão de acometimento dos pacientes, também observado em outros estudos, reforça as características da hipertensão primária. Os achados apontam que houve melhorias na APS e na atividade hospitalar ao longo do período estudado, que reduziram os números de internações e óbitos. O acometimento de pacientes mais velhos reforça os aspectos da doença e da transição epidemiológica.","PeriodicalId":101123,"journal":{"name":"Revista Portuguesa de Saúde Pública","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"76762767","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Sara Cristine Marques dos Santos, Ivan Lucas Picone Borges dos Anjos, Thaís Lemos de Souza Macêdo, Sidnei Corrêa da Silva Júnior, Alexandre Augustus Brito de Aragão, Esmeralci Ferreira, Ivana Picone Borges de Aragão
Forame oval patente (FOP) constitui um defeito estrutural congênito localizado no septo interatrial, o qual não fecha após o nascimento, permitindo fluxo sanguíneo entre o átrio esquerdo e direito. Aproximadamente, 30% dos portadores de FOP apresentam acidente vascular cerebral durante a vida. Paciente de 86 anos, do sexo masculino, sem história patológica pregressa de acidente vascular cerebral ou enxaqueca apresentou sintomas de edema bilateral de membros inferiores, cansaço e dispneia aos esforços em 2019, fechando critério para síndrome ortodeoxia-platipneia e FOP, atribuindo-se tratamento clínico. Ao ecocardiograma (ECO) demonstrou disfunção importante do ventrículo direito e aumento dos átrios direito e esquerdo, além de shunt da esquerda - direita e forame oval patente. O objetivo desse relato de caso foi evidenciar a ocorrência de FOP, um tipo de comunicação interatrial (CIA) em uma paciente octogenário. Conclusão: O paciente obteve um diagnóstico tardio de FOP, portanto, não realizou tratamento medicamentoso ou procedimento de oclusão do forame. Cursou com síndrome edemigênico pela insuficiência cardíaca direita, motivando a investigação da causa base desse quadro, chegando à identificação do FOP.
{"title":"Forame oval patente em octogenário: relato de caso","authors":"Sara Cristine Marques dos Santos, Ivan Lucas Picone Borges dos Anjos, Thaís Lemos de Souza Macêdo, Sidnei Corrêa da Silva Júnior, Alexandre Augustus Brito de Aragão, Esmeralci Ferreira, Ivana Picone Borges de Aragão","doi":"10.21727/rs.v14i2.3162","DOIUrl":"https://doi.org/10.21727/rs.v14i2.3162","url":null,"abstract":"Forame oval patente (FOP) constitui um defeito estrutural congênito localizado no septo interatrial, o qual não fecha após o nascimento, permitindo fluxo sanguíneo entre o átrio esquerdo e direito. Aproximadamente, 30% dos portadores de FOP apresentam acidente vascular cerebral durante a vida. Paciente de 86 anos, do sexo masculino, sem história patológica pregressa de acidente vascular cerebral ou enxaqueca apresentou sintomas de edema bilateral de membros inferiores, cansaço e dispneia aos esforços em 2019, fechando critério para síndrome ortodeoxia-platipneia e FOP, atribuindo-se tratamento clínico. Ao ecocardiograma (ECO) demonstrou disfunção importante do ventrículo direito e aumento dos átrios direito e esquerdo, além de shunt da esquerda - direita e forame oval patente. O objetivo desse relato de caso foi evidenciar a ocorrência de FOP, um tipo de comunicação interatrial (CIA) em uma paciente octogenário. Conclusão: O paciente obteve um diagnóstico tardio de FOP, portanto, não realizou tratamento medicamentoso ou procedimento de oclusão do forame. Cursou com síndrome edemigênico pela insuficiência cardíaca direita, motivando a investigação da causa base desse quadro, chegando à identificação do FOP.","PeriodicalId":101123,"journal":{"name":"Revista Portuguesa de Saúde Pública","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"77614370","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Luiz Augusto Cosendey Portes, Hélcio Serpa de Figueiredo Junior
Os testes laboratoriais constituem uma ferramenta crucial para determinação de grande parte do diagnóstico e prognóstico dos pacientes. O exame de sangue é considerado frequentemente um caminho para o conhecimento sobre esses dados, e, por isso, o estudo de suas três fases (pré-analítica, analítica e pós-analítica) deve ser realizado. O objetivo desse trabalho foi reconhecer quais os fatores impactam a suscetibilidade do exame de sangue, sendo explorado a primeira etapa, no intuito de entender as técnicas apropriadas com base na história individual do paciente. Uma busca de artigos relacionados a essa abordagem foi feita no banco de dados PubMed, BVS e SciELO, na qual culminou em 24 pesquisas analisadas. Foram utilizados os seguintes descritores: “blood collection”, “laboratory tests” e “hematology equipment”, além da aplicação de critérios de inclusão e exclusão para selecionar os materiais mais adequados. Após essa revisão, evidenciou-se que a duração, tubos de coleta, tipo de anticoagulante, meios de transporte e temperatura durante o preparo das amostras são as principais variáveis relacionadas a essa atividade, devendo ser manipuladas de acordo com o anseio de alcance do experimento. Além disso, existe o interesse em desenvolver métodos mais eficientes e rápidos na entrega das respostas obtidas através dos testes, pois possibilita modular esse sistema para atender casos precários onde os recursos são limitados. Como há uma multiplicidade de fatores a serem monitorados, associados aos avanços tecnológicos, conclui-se a importância de manter a observação constante desse âmbito laboratorial.
{"title":"Fase pré-analítica do exame sanguíneo: revisão de literatura das variáveis que comprometem o seu sucesso","authors":"Luiz Augusto Cosendey Portes, Hélcio Serpa de Figueiredo Junior","doi":"10.21727/rs.v14i2.3526","DOIUrl":"https://doi.org/10.21727/rs.v14i2.3526","url":null,"abstract":"Os testes laboratoriais constituem uma ferramenta crucial para determinação de grande parte do diagnóstico e prognóstico dos pacientes. O exame de sangue é considerado frequentemente um caminho para o conhecimento sobre esses dados, e, por isso, o estudo de suas três fases (pré-analítica, analítica e pós-analítica) deve ser realizado. O objetivo desse trabalho foi reconhecer quais os fatores impactam a suscetibilidade do exame de sangue, sendo explorado a primeira etapa, no intuito de entender as técnicas apropriadas com base na história individual do paciente. Uma busca de artigos relacionados a essa abordagem foi feita no banco de dados PubMed, BVS e SciELO, na qual culminou em 24 pesquisas analisadas. Foram utilizados os seguintes descritores: “blood collection”, “laboratory tests” e “hematology equipment”, além da aplicação de critérios de inclusão e exclusão para selecionar os materiais mais adequados. Após essa revisão, evidenciou-se que a duração, tubos de coleta, tipo de anticoagulante, meios de transporte e temperatura durante o preparo das amostras são as principais variáveis relacionadas a essa atividade, devendo ser manipuladas de acordo com o anseio de alcance do experimento. Além disso, existe o interesse em desenvolver métodos mais eficientes e rápidos na entrega das respostas obtidas através dos testes, pois possibilita modular esse sistema para atender casos precários onde os recursos são limitados. Como há uma multiplicidade de fatores a serem monitorados, associados aos avanços tecnológicos, conclui-se a importância de manter a observação constante desse âmbito laboratorial.","PeriodicalId":101123,"journal":{"name":"Revista Portuguesa de Saúde Pública","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"79245267","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
A bacteriúria assintomática é caracterizada pela presença significativa de uropatógenos em amostras de urina de pacientes sem sintoma urinário e só deve ser tratada em grupos de pacientes em que os estudos clínicos demonstraram benefício. Entre a população adulta em geral, as mulheres, independente da faixa etária, tem maior prevalência de bacteriúria assintomática, embora observa-se aumento das taxas do quadro infeccioso conforme aumento da idade entre ambos os sexos. A prevalência de bacteriúria assintomática pode variar de acordo com idade, sexo, atividade sexual e presença de anormalidades geniturinárias. Quando o tratamento da bacteriúria assintomática não é indicado, a terapia antimicrobiana não diminui a morbidade da infecção sendo ainda associada a uma maior frequência de resultados negativos incluindo o surgimento de organismos resistentes e efeitos adversos relacionados aos medicamentos. Diante do exposto, o objetivo da presente revisão bibliográfica é apresentar a importância da bacteriúria assintomática na saúde pública.
{"title":"A Bacteriúria Assintomática na Saúde Pública","authors":"Hesron Moura, Kessy Mary Lima de Castilho","doi":"10.21727/rs.v14i2.3415","DOIUrl":"https://doi.org/10.21727/rs.v14i2.3415","url":null,"abstract":"A bacteriúria assintomática é caracterizada pela presença significativa de uropatógenos em amostras de urina de pacientes sem sintoma urinário e só deve ser tratada em grupos de pacientes em que os estudos clínicos demonstraram benefício. Entre a população adulta em geral, as mulheres, independente da faixa etária, tem maior prevalência de bacteriúria assintomática, embora observa-se aumento das taxas do quadro infeccioso conforme aumento da idade entre ambos os sexos. A prevalência de bacteriúria assintomática pode variar de acordo com idade, sexo, atividade sexual e presença de anormalidades geniturinárias. Quando o tratamento da bacteriúria assintomática não é indicado, a terapia antimicrobiana não diminui a morbidade da infecção sendo ainda associada a uma maior frequência de resultados negativos incluindo o surgimento de organismos resistentes e efeitos adversos relacionados aos medicamentos. Diante do exposto, o objetivo da presente revisão bibliográfica é apresentar a importância da bacteriúria assintomática na saúde pública.","PeriodicalId":101123,"journal":{"name":"Revista Portuguesa de Saúde Pública","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"88401756","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O transtorno depressivo na adolescência é uma patologia prevalente e de grande morbidade, entretanto não há um consenso sobre quais os melhores instrumentos diagnósticos para essa população. Diante disso, esse estudo teve como objetivo analisar escalas psicométricas usadas nessa população e identificar os fatores de risco para o desenvolvimento de TDM. Para isso, realizou-se uma revisão integrativa na literatura, feita a busca pelos descritores “Depressive Disorder, Major”; “Comprehensive Health Care”; “Diagnosis”; “Adolescent” em três plataformas de dados: Google Scholar, biblioteca nacional em saúde e National Library of Medicine, incluiu-se trabalhos publicados entre 2016 e 2021, dos tipos coorte, meta-análise, ensaio clínico randomizado e ensaio clínico, com população brasileira e idade entre 11 e 18 anos e excluiu-se artigos sobre tratamento e populações não brasileira, o que resultou em 10 artigos. As escalas psicométricas validadas nessa população foram: questionário de humor e sentimentos, inventário de depressão de Beck, inventário de depressão infantil e questionário de saúde geral de Goldberg. Os fatores de risco melhor elucidados pela literatura foram ser do sexo feminino, a dissolução do núcleo familiar, história familiar de TDM, exposição a estressores psicológicos e/ou bullying e o baixo rendimento escolar. Conclui-se que o uso de escalas psicométricas como instrumento diagnóstico é recomendado, sendo o questionário de humor e sentimentos a escala de escolha na abordagem inicial, não sendo apenas a aplicação do questionário suficiente para o diagnóstico. Além disso, adolescentes com fatores de risco para o desenvolvimento de TDM, devem ser alvo de maior atenção na assistência possibilitando o diagnóstico precoce. Palavras-Chave: Diagnóstico Clínico; Transtorno Depressivo; Adolescente
{"title":"Diagnóstico do transtorno depressivo na adolescência: uma revisão sistemática","authors":"Maria Eduarda Bernardino Sampaio, M. Mendonça","doi":"10.21727/rs.v14i2.3327","DOIUrl":"https://doi.org/10.21727/rs.v14i2.3327","url":null,"abstract":"O transtorno depressivo na adolescência é uma patologia prevalente e de grande morbidade, entretanto não há um consenso sobre quais os melhores instrumentos diagnósticos para essa população. Diante disso, esse estudo teve como objetivo analisar escalas psicométricas usadas nessa população e identificar os fatores de risco para o desenvolvimento de TDM. Para isso, realizou-se uma revisão integrativa na literatura, feita a busca pelos descritores “Depressive Disorder, Major”; “Comprehensive Health Care”; “Diagnosis”; “Adolescent” em três plataformas de dados: Google Scholar, biblioteca nacional em saúde e National Library of Medicine, incluiu-se trabalhos publicados entre 2016 e 2021, dos tipos coorte, meta-análise, ensaio clínico randomizado e ensaio clínico, com população brasileira e idade entre 11 e 18 anos e excluiu-se artigos sobre tratamento e populações não brasileira, o que resultou em 10 artigos. As escalas psicométricas validadas nessa população foram: questionário de humor e sentimentos, inventário de depressão de Beck, inventário de depressão infantil e questionário de saúde geral de Goldberg. Os fatores de risco melhor elucidados pela literatura foram ser do sexo feminino, a dissolução do núcleo familiar, história familiar de TDM, exposição a estressores psicológicos e/ou bullying e o baixo rendimento escolar. Conclui-se que o uso de escalas psicométricas como instrumento diagnóstico é recomendado, sendo o questionário de humor e sentimentos a escala de escolha na abordagem inicial, não sendo apenas a aplicação do questionário suficiente para o diagnóstico. Além disso, adolescentes com fatores de risco para o desenvolvimento de TDM, devem ser alvo de maior atenção na assistência possibilitando o diagnóstico precoce. \u0000Palavras-Chave: Diagnóstico Clínico; Transtorno Depressivo; Adolescente","PeriodicalId":101123,"journal":{"name":"Revista Portuguesa de Saúde Pública","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"83446353","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
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