{"title":"Desamparo e Eros na concepção do “homem civilizado” em Freud","authors":"C. Moura","doi":"10.11606/ISSN.2318-8863.DISCURSO.2019.159288","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Considerando-se que a oposição entre Eu-não Eu, Sujeito-Objeto, Prazer-Desprazer são os pares de opostos (tensão) que lançam o indivíduo nos mais significativos vínculos para a estruturação de sua vida anímica, deseja-se aqui pensar em uma “organização psicofisiológica” que vai desde (sob o pano de fundo da experiência do desamparo) os estímulos pulsionais aos destinos das pulsões (de modo que a constituição do mundo real não se torne uma mera abstração). É nesse “circuito de investimentos” que a natureza biológica desse pulsional transbordará — eis o que se procurará defender — para um universo simbólico instanciado pela presença de outros seres humanos. Por fim, defender-se-á que é no cerne da dinâmica das moções pulsionais que o individual encontrar-se-á vinculado (fatalmente) aos enigmas das “psiques de massa”: trata-se da relação entre necessidade e satisfação (indivíduo biológico) e as exigências da comunidade (cultura, tempo socializado).","PeriodicalId":37350,"journal":{"name":"Discurso y Sociedad","volume":"83 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2019-06-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Discurso y Sociedad","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.11606/ISSN.2318-8863.DISCURSO.2019.159288","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q2","JCRName":"Arts and Humanities","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Considerando-se que a oposição entre Eu-não Eu, Sujeito-Objeto, Prazer-Desprazer são os pares de opostos (tensão) que lançam o indivíduo nos mais significativos vínculos para a estruturação de sua vida anímica, deseja-se aqui pensar em uma “organização psicofisiológica” que vai desde (sob o pano de fundo da experiência do desamparo) os estímulos pulsionais aos destinos das pulsões (de modo que a constituição do mundo real não se torne uma mera abstração). É nesse “circuito de investimentos” que a natureza biológica desse pulsional transbordará — eis o que se procurará defender — para um universo simbólico instanciado pela presença de outros seres humanos. Por fim, defender-se-á que é no cerne da dinâmica das moções pulsionais que o individual encontrar-se-á vinculado (fatalmente) aos enigmas das “psiques de massa”: trata-se da relação entre necessidade e satisfação (indivíduo biológico) e as exigências da comunidade (cultura, tempo socializado).