{"title":"SE O MUNDO SE TRANSFORMA, QUEM SOU EU PARA NÃO ME TRANSFORMAR? – O EU E O OUTRO EM UMA PESQUISA SOBRE OS HINOS DO SANTO DAIME","authors":"Fernanda Vivacqua de Souza Galvão Boarin","doi":"10.22456/2238-8915.117467","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Com este artigo, desenvolvo uma discussão sobre o eu e o outro nos hinos da religião brasileira Santo Daime. Esse debate é trazido tendo como enfoque o eu pesquisador e as questões epistemológicas que o estudo da poética suscita. Para tanto, em um primeiro momento, apresento a concepção de eu na doutrina daimista (REHEN, 2007), destacando a rede de agentes formada em seus rituais e cosmovisão. Após, trago as contribuições dos Estudos da performance, para refletir sobre como este eu se constitui através de uma prática incorporada – que é, justamente, os rituais, nos quais os hinos são entoados. Por fim, procuro entrecruzar essa discussão com a pesquisa no campo dos Estudos literários, pensando como o jogo enunciativo proposto pela poética daimista se imbrica a problemática ontológica da enunciação, recorrendo, para tanto, às contribuições de Nodari (2015; 2019) sobre obliquação e experiência literária. ","PeriodicalId":82235,"journal":{"name":"Organon","volume":"21 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-12-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Organon","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.22456/2238-8915.117467","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
Com este artigo, desenvolvo uma discussão sobre o eu e o outro nos hinos da religião brasileira Santo Daime. Esse debate é trazido tendo como enfoque o eu pesquisador e as questões epistemológicas que o estudo da poética suscita. Para tanto, em um primeiro momento, apresento a concepção de eu na doutrina daimista (REHEN, 2007), destacando a rede de agentes formada em seus rituais e cosmovisão. Após, trago as contribuições dos Estudos da performance, para refletir sobre como este eu se constitui através de uma prática incorporada – que é, justamente, os rituais, nos quais os hinos são entoados. Por fim, procuro entrecruzar essa discussão com a pesquisa no campo dos Estudos literários, pensando como o jogo enunciativo proposto pela poética daimista se imbrica a problemática ontológica da enunciação, recorrendo, para tanto, às contribuições de Nodari (2015; 2019) sobre obliquação e experiência literária.