Marcia Alves Soares da Silva, Ricardo Devides Oliveira, Francisco De Assis Gonçalves Junior
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Abstract
A busca por uma educação geográfica que ofereça plurais e diversificados aprendizados transita por uma conexão mais profunda e sensível do sujeito com o mundo e, neste sentido, a narração adquire uma potência reveladora dessas possibilidades na medida em que permite (re)mobilizar o lado artístico da Geografia. Partindo do pressuposto que o diálogo entre Ciência e a Arte esteve, por muito tempo, adormecido no interior das reflexões epistemológicas da Geografia - fato relacionado ao domínio da hiperespecialização científica, organizado pelo método pragmático-positivista - os modos de fazer e pensar Geografia também foram, em alguns momentos, reduzidos e limitados, por exemplo, às operações estritamente descritivas; e, ainda hoje, a despeito dos avanços nas áreas correlatas, sofre com o reducionismo das possibilidades de leituras de mundo. Assim, o presente artigo, de cunho teórico e conceitual, reforçado pela pesquisa exploratória e revisão bibliográfica sobre o tema, objetiva refletir a relação entre a narração e a Geografia, buscando ir além do seu uso como recurso metodológico, mas evidenciando a dimensão do sensível e o treinamento do olhar. Nesse diálogo entre ideias e pensadores, intentamos preencher uma lacuna e apontar para caminhos geográficos que contribuam para a ampliação do debate epistemológico que permeia a educação geográfica.