{"title":"Do mito do senhor benevolente à mulatização: o negro no pensamento estético-político de Oswald de Andrade","authors":"Mário Fernandes Rodrigues, R. Said","doi":"10.5752/p.2358-3428.2021v25n55p92-121","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este trabalho busca problematizar o complexo pensamento desenvolvido por Oswald de Andrade sobre a questão negra. Para tanto, propõe a leitura crítica de um poema do livro Pau-Brasil (1925), de um discurso político proferido perante a Frente Negra Brasileira e de fragmentos selecionados de ensaios jornalísticos publicados nas décadas de 1930 e 1940. As leituras indicam que, ao construir uma visão triunfalista do passado colonial e escravocrata brasileiro após a Semana de Arte Moderna de 1922, o intelectual antecipou argumentos que seriam utilizados pelos defensores da democracia racial, falácia que viria a ser contestada pelas novas gerações de intelectuais descomprometidos com as estruturas tradicionais da nação.","PeriodicalId":52749,"journal":{"name":"Scripta Alumni","volume":"20 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-01-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Scripta Alumni","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5752/p.2358-3428.2021v25n55p92-121","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
Este trabalho busca problematizar o complexo pensamento desenvolvido por Oswald de Andrade sobre a questão negra. Para tanto, propõe a leitura crítica de um poema do livro Pau-Brasil (1925), de um discurso político proferido perante a Frente Negra Brasileira e de fragmentos selecionados de ensaios jornalísticos publicados nas décadas de 1930 e 1940. As leituras indicam que, ao construir uma visão triunfalista do passado colonial e escravocrata brasileiro após a Semana de Arte Moderna de 1922, o intelectual antecipou argumentos que seriam utilizados pelos defensores da democracia racial, falácia que viria a ser contestada pelas novas gerações de intelectuais descomprometidos com as estruturas tradicionais da nação.