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Abstract
A heterogeneidade dos usos da língua e do funcionamento dos textos, com propósitos comunicativos diversos, seja na modalidade oral ou escrita, é constatada nos distintos contextos sócio-historicamente situados, como, por exemplo, nos diferentes territórios e espaços da lusofonia, foco deste estudo. Hoje, as políticas educativas consideram centrais as noções de gênero de discurso ou gênero de texto para abordar o ensino da língua portuguesa. Entretanto, pouco se discute acerca da didatização da dimensão sócio-histórica da língua e do texto, considerando as suas modificações e variações ao longo do tempo. Uma pesquisa internacional abordando o ensino da língua portuguesa como língua primeira no Brasil e em Portugal ou como língua de herança ou língua adicional em outros países levanta as seguintes questões: Que interesse tem o ensino da historicidade do uso da língua e dos gêneros de texto? Quais dimensões ensináveis merecem ser associadas à historicidade? Para discutir essas questões, buscamos as concepções e a interface entre os modelos da Tradição Discursiva (Coseriu, 1981; Koch, 1997; Kabatek, 2006; Coseriu, 2007; Kabatek, 2015; Andrade & Gomes, 2018; Carvalho & Zavam, 2018) e do Interacionismo Sociodiscursivo (Bronckart, 2006; 2012; Dolz, 2013). A análise da transformação histórica de gêneros orais e escritos propõe uma abordagem teórica e metodológica dos usos da língua e permitirá exemplificar a modelização didática das dimensões ensináveis, considerando, ao longo do tempo, as variações e as regularidades, no âmbito da língua e dos textos, que merecem uma observação e uma reflexão com os alunos.