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Abstract
O presente trabalho trata dos primeiros trabalhos artísticos que podem ser entendidos como "mascaramentos" dos corpos ou figurinos feitos com tecnologias eletrônicas ou digitais. Sobre as "tecnologias vestíveis" podemos compreendê-las como próteses e extensões não só de nossas capacidades físicas (como os óculos ou uma bengala), mas também como as cognitivas, a extensão da memória e da subjetividade como forma de expressão artística. A investigação se baseou em entrevistas realizadas em 2015 com Luisa Paraguai a respeito do seu trabalho "Vestis" (2005) e Otávio Donasci sobre seus figurinos-máscaras dinâmicos "Videocriaturas" (1980). Em ambos os trabalhos se reconhece as dificuldades e obstáculos com relação aos procedimentos técnicos, bem como, uma expressão extremamente atual nos debates contemporâneos. Dentre eles, o papel de itens inanimados (como as tecnologias eletrônicas e digitais) com importante papel agenciador que modula as relações entre nossos corpos, a sociedade e o ambiente.