{"title":"“Temos que devolver o jogo ao(à) jogador(a)”","authors":"Lucas Leonardo, A. Scaglia","doi":"10.22456/1982-8918.119990","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Partimos da crítica à tendência utilitarista das abordagens baseadas no jogo (GBAs) com o objetivo de analisar como as dimensões éticas e morais se revelam no “ato de jogar” a partir da prática pedagógica do(a) treinador(a) dos esportes coletivos. Sustentados nos conceitos do “jogar” ético e do “esportear” moral, defendemos 1) a primazia do jogar sobre o esportear, 2) a necessidade de que os sentimentos éticos, manifestos pelo estado de jogo, passem pelo crivo da norma, representada pela atitude lusória e 3) que atitudes transgressoras e subversivas à regra sejam analisadas em função de sua fonte: amor a si ou resistência aos impasses promovidos pelas regras. Concluímos que o ato de jogar revela por si mesmo o plano ético-moral inerente ao jogo/esporte, sendo a instrumentalização do jogo com um comprometimento exclusivamente voltado à dimensão moral normativa um risco à dimensão ética inerente ao papel do(a) jogador(a).","PeriodicalId":46349,"journal":{"name":"Movimento","volume":"3 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.6000,"publicationDate":"2022-07-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"1","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Movimento","FirstCategoryId":"95","ListUrlMain":"https://doi.org/10.22456/1982-8918.119990","RegionNum":4,"RegionCategory":"教育学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q3","JCRName":"EDUCATION & EDUCATIONAL RESEARCH","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Partimos da crítica à tendência utilitarista das abordagens baseadas no jogo (GBAs) com o objetivo de analisar como as dimensões éticas e morais se revelam no “ato de jogar” a partir da prática pedagógica do(a) treinador(a) dos esportes coletivos. Sustentados nos conceitos do “jogar” ético e do “esportear” moral, defendemos 1) a primazia do jogar sobre o esportear, 2) a necessidade de que os sentimentos éticos, manifestos pelo estado de jogo, passem pelo crivo da norma, representada pela atitude lusória e 3) que atitudes transgressoras e subversivas à regra sejam analisadas em função de sua fonte: amor a si ou resistência aos impasses promovidos pelas regras. Concluímos que o ato de jogar revela por si mesmo o plano ético-moral inerente ao jogo/esporte, sendo a instrumentalização do jogo com um comprometimento exclusivamente voltado à dimensão moral normativa um risco à dimensão ética inerente ao papel do(a) jogador(a).