Kelsma Maria Silva Gomes, João Batista Freitas Cardoso, Priscila F. Perazzo, Bárbara Heller
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Abstract
O artigo visa discutir a produção da memória amordaçada a partir das discussões da memória, da história e do silenciamento sobre o massacre do Caldeirão da Santa Cruz do Deserto, episódio da história do Ceará, estado do Nordeste brasileiro, ocorrido há menos de um século em uma comunidade sociorreligiosa liderada pelo beato José Lourenço, na região do Cariri, em 1937. A pesquisa se sustenta na categoria de memórias subterrâneas de Michel Pollak, para entender como a história do massacre ficou silenciada, mas não esquecida. O corpus de análise é composto por relatos de três remanescentes que guardaram o acontecimento na memória, mesmo não tendo tido ação direta no episódio. As narrativas orais dos episódios permitiram entender os processos pelos quais a memória social é amordaçada e como vem à superfície. Entende-se que o massacre do Caldeirão da Santa Cruz do Deserto pode ser considerado como uma dessas histórias do tempo presente, porque conta com as lembranças de personagens, daqueles que atuaram, viveram ou mesmo testemunharam os acontecimentos. No entanto, é uma memória amordaçada, visto que foi silenciada de modo violento.
文章旨在讨论动记忆的产量的历史的记忆,并且讨论的那次屠杀的香炉里的圣克鲁斯,沙漠集故事的巴西,在巴西东北发生在不到一个世纪一个社区sociorreligiosa由本优素福劳伦斯在巴西地区,1937年。这项研究依赖于米歇尔·波拉克的地下记忆范畴,以了解大屠杀的历史是如何被沉默而不是被遗忘的。分析语料库由三名幸存者的报告组成,他们在记忆中保留了这一事件,即使他们在这一事件中没有直接行动。对这些事件的口头叙述使我们能够理解社会记忆被压制的过程以及它是如何浮出水面的。据了解,caldeirao da Santa Cruz do Deserto大屠杀可以被认为是这些当代故事之一,因为它依赖于人物的记忆,那些行动、生活甚至目睹这些事件的人。然而,这是一段被堵住的记忆,因为它被暴力地压制住了。