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Abstract
Este texto explora estratégias representacionais desenvolvidas por artistas e pela sociedade civil para interpelar o excessivo uso do poder em regimes patriarcais como o cubano, especialmente a partir dos massivos protestos sociais de 11 de julho de 2021, antecedidos pelos movimentos San Isidro e 27N. Apostamos na potência dos corpos raivosos como resultado da violência exercida sobre as pessoas em regimes de controle totalitário e práticas necropolíticas. A teatralidade do Estado pode ser utilizada para reforçar um sistema panóptico, que intenta subjugar toda forma de dissidência e resistência, do mesmo modo que desenvolve uma performatividade punitiva. Porém, esses mesmos dispositivos são utilizados em atos e gestos de subversão cívica que tornam visíveis a brutalidade dos poderes. Em um enfoque comparativo, são retomadas ações realizadas por artistas em outros contextos de extrema violência, como no México, para visibilizar as formas pelas quais os necropoderes se inscrevem nos corpos. Finalmente, se questionam as possíveis colaborações do silêncio diante dos necropoderes.