A dimensão conceitual da organização do conhecimento no universo científico da ISKO: uma análise de domínio a partir dos congressos de ISKO-Brasil, ISKO- Espanha, ISKO – América Do Norte e ISKO-França
José Augusto Chaves Guimarães, D. M. Oliveira, André Ynada dos Santos, R. Sales
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Abstract
O organização do conhecimento desempenha papel nuclear na Ciência da Informação, apre-sentando avanço teórico notadamente a partir da criação da ISKO, em 1989. No entanto, ob-serva-se que esse campo ainda se encontra em busca da construção e delimitação de sua própria base conceitual, em virtude de distintas influências teóricas. Isso leva à necessidade de analisar de que forma o ambiente científico da ISKO vem construindo / delimitando essa dimensão conceitual, a partir de seu discurso científico. Desse modo, analisa-se comparativamente a questão conceitual da organização do conhecimento e os referentes teóricos que a subsidiam no âmbito dos congressos realizados pelos capítulos brasileiro, espanhol, norte-americano e francês da ISKO nos últimos dois eventos realizados em cada (2011 e 2013). Para tanto, utiliza-se da análise de conteúdo e da análise de citações. Os resultados revelam que os quatro capítulos analisados são bastante profícuos na abordagem da questão conceitual da área mas esse aspecto ainda se encontra em construção. Isso se revela pelo fato de se verificar, por um lado, a preocupação com os aspectos relativos à natureza e ao objeto da organização do conhecimento, em sua configuração epistemológica e, por outro, uma preocupação de natureza mais pragmática e operacional, voltada para os processos e instrumentos da organização do conhecimento, muitas vezes concebidos como objeto do campo. Nesse contexto, os referentes teóricos predominantes centram-se sobre sete autores (Hjørland; Dahlberg; Gardin; Mai; Olson; Barité e Thelleffssen). Hjørland e Dahlberg assumem forte liderança, o que revela, respectivamente, a ênfase, das abordagens sócio-cognitiva e ontológica da área, sendo que a primeira assume maior força na medida em que especialmente Mai e Thelleffssen, com a questão semiótica, e Olson, com os estudos culturais, reforçam esse quadro teórico.