{"title":"Administração da morte: A aposentadoria de Senhor Bougran, de J.-K. Huysmans e A Morte de Ivan Ilitch, de Lev Tolstoi","authors":"Régis Mikail Abud Filho","doi":"10.15448/2526-8848-2019.1.33211","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O presente artigo compara duas narrativas – A aposentadoria de Senhor Bougran, de J.-K. Huysmans e A morte de Ivan Ilitch, de Lev Tostoi – partindo de uma análise do funcionalismo público e da noção de labor na literatura. Busca-se mostrar de que maneira o anúncio da morte afeta as protagonistas a partir de certos lutos e frustrações em suas vidas. De que maneira o discurso literário confrontase com o discurso administrativo e a vida no serviço público se manifesta nessas situações? São analisadas aqui topoi frequentes no realismo e no naturalismo, presente nas obras em questão, como a vegetação, a decoração e o retrato da vida comum do servidor no serviço público. Como são representadas essas existências comuns? De que maneira suas existências comuns se acomodam no espaço do discurso literário? *** Administrating death in J.-K. Huysmans’s Mr. Bougran’s Retirement and Leo Tolstoi’s The Death of Ivan Ilitch ***This article compares two short novels – J.-K. Huysmans’s Mr. Bougran’s Retirement and Leo Tolstoi’s The Death of Ivan Ilitch – in an analysis of public service and the concept of labor in literature. We intend to present the way through which the announcement of death affects the main characters from their grief and frustrations in their lives. How does the literary discourse oppose to the administrative discourse? How is life in public service manifested in these situations? Frequent topoi in Realism and Naturalism, present in both texts are analysed, such as vegetation, decor and a portrait of the common public worker’s life. In what sense are these ordinary existences related to the idea of absurd and how do they fit in the literary discourse?Keywords: Labour; Death; Grief; Absurd; Huysmans; Tolstoi.","PeriodicalId":43374,"journal":{"name":"SCRIPTORIUM","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2019-06-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"SCRIPTORIUM","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.15448/2526-8848-2019.1.33211","RegionNum":3,"RegionCategory":"文学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q3","JCRName":"Arts and Humanities","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O presente artigo compara duas narrativas – A aposentadoria de Senhor Bougran, de J.-K. Huysmans e A morte de Ivan Ilitch, de Lev Tostoi – partindo de uma análise do funcionalismo público e da noção de labor na literatura. Busca-se mostrar de que maneira o anúncio da morte afeta as protagonistas a partir de certos lutos e frustrações em suas vidas. De que maneira o discurso literário confrontase com o discurso administrativo e a vida no serviço público se manifesta nessas situações? São analisadas aqui topoi frequentes no realismo e no naturalismo, presente nas obras em questão, como a vegetação, a decoração e o retrato da vida comum do servidor no serviço público. Como são representadas essas existências comuns? De que maneira suas existências comuns se acomodam no espaço do discurso literário? *** Administrating death in J.-K. Huysmans’s Mr. Bougran’s Retirement and Leo Tolstoi’s The Death of Ivan Ilitch ***This article compares two short novels – J.-K. Huysmans’s Mr. Bougran’s Retirement and Leo Tolstoi’s The Death of Ivan Ilitch – in an analysis of public service and the concept of labor in literature. We intend to present the way through which the announcement of death affects the main characters from their grief and frustrations in their lives. How does the literary discourse oppose to the administrative discourse? How is life in public service manifested in these situations? Frequent topoi in Realism and Naturalism, present in both texts are analysed, such as vegetation, decor and a portrait of the common public worker’s life. In what sense are these ordinary existences related to the idea of absurd and how do they fit in the literary discourse?Keywords: Labour; Death; Grief; Absurd; Huysmans; Tolstoi.