{"title":"Ativismo político para a construção de novos mercados alimentares: uma análise institucional comparada entre Brasil e Chile","authors":"Estevan Felipe Pizarro Muñoz, P. Niederle","doi":"10.31285/agro.26.961","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo apresenta uma análise institucional comparada do ativismo de movimentos sociais das agriculturas familiares e camponesas do Brasil e do Chile na construção de novos mercados alimentares. Os dados foram coletados entre março de 2016 e dezembro de 2018 por meio de entrevistas com lideranças desses movimentos, gestores públicos e observação direta de diferentes iniciativas de comercialização. Os resultados revelam que a trajetória institucional brasileira abriu maior espaço para o protagonismo de movimentos sociais agrários, tais como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), na construção de mercados que incorporam valores associados aos princípios da agroecologia e soberania alimentar. De outro modo, no Chile, esse tipo de ativismo se revelou menos presente no repertório de ação dos movimentos sociais campesinos. Nesse país, em virtude da fragmentação desses movimentos como efeito da forte repressão do regime militar, as principais experiências estão associadas a políticas públicas pontuais e, por conseguinte, encontram dificuldades para ganhar escala.","PeriodicalId":43474,"journal":{"name":"Agrociencia-Uruguay","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-08-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Agrociencia-Uruguay","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.31285/agro.26.961","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Este artigo apresenta uma análise institucional comparada do ativismo de movimentos sociais das agriculturas familiares e camponesas do Brasil e do Chile na construção de novos mercados alimentares. Os dados foram coletados entre março de 2016 e dezembro de 2018 por meio de entrevistas com lideranças desses movimentos, gestores públicos e observação direta de diferentes iniciativas de comercialização. Os resultados revelam que a trajetória institucional brasileira abriu maior espaço para o protagonismo de movimentos sociais agrários, tais como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), na construção de mercados que incorporam valores associados aos princípios da agroecologia e soberania alimentar. De outro modo, no Chile, esse tipo de ativismo se revelou menos presente no repertório de ação dos movimentos sociais campesinos. Nesse país, em virtude da fragmentação desses movimentos como efeito da forte repressão do regime militar, as principais experiências estão associadas a políticas públicas pontuais e, por conseguinte, encontram dificuldades para ganhar escala.