Julyana Cabral Araújo, O. Silva, F. L. Freitas, Dimas dos Reis Ribeiro
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Abstract
O presente trabalho tem por objetivo analisar a representação da morte entre indivíduos e o espaço cemiterial na baixada maranhense, com base no capítulo IV, A memória coletiva e o espaço, da obra A Memória Coletiva de Maurice Halbwachs (1990). Diante disso, nos questionamos: como o pensamento de Halbwachs nos possibilita pensar a relação da memória dos indivíduos sobre a morte no espaço cemiterial da Baixada Maranhense? Para alcançar o objetivo proposto e responder a esta questão, adotamos o seguinte percurso metodológico: realizamos análises de diários de campos e imagens produzidas como fontes históricas pelo pesquisador; fizemos a analogia com as relações vivenciadas no espaço cemiterial. Por fim, concluiu-se que a ligação entre teoria e prática dos estudos de Halbwachs sobre memória coletiva contribuem com a interpretação social das significações do espaço atribuídas pelos grupos aos seus lugares de vivência. No espaço cemiterial da Baixada Maranhense, pensar a memória da morte dentro da complexa rede de relações coletivas significa perceber que nenhuma lembrança dos mortos pode vir a existir senão por meios dos objetos criados pelo homem. As formas de sepultamentos e os locais destinados aos mortos, além de estarem dentro de um contexto histórico próprio, possuem suas particularidades delineadas através dos objetos materiais, sobretudo, os cofos e as velas