B. Flynn, Silvana de Souza Ramos, Lucas Carpinelli
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Abstract
Na primeira parte deste artigo, apresentarei, de forma breve, a concepção de Modernidade de Robert Pippin e por que ele a considera um problema filosófico. Mostrarei como determinados filósofos – Kant, em especial – a conceituaram e então voltar-me-ei a Hegel, cuja posição, em versão radicalmente deflacionária, o próprio Pippin sustenta. Na segunda parte, abordarei aspectos da filosofia de Merleau-Ponty que contestam a espontaneidade da consciência, noção central para o hegelianismo de Pippin. Na terceira parte, concluirei com uma discussão da obra de Lefort, sua prática de hiper-reflexão e sua própria teorização da Democracia e do Totalitarismo. Sustento que, comparativamente, a ontologia de Merleau-Ponty e a filosofia política de Lefort apresentam maior capacidade de produzir reflexões sobre a Modernidade sem apelo a qualquer tipo de estrutura teleológica ou teológica.