{"title":"Sebastião de Souza, um artesão do cinema paulista","authors":"Felipe Abramovictz, A. Eduardo","doi":"10.34019/1981-4070.2022.v16.33217","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Sebastião de Souza é diretor de Transplante de Mãe (episódio de Em Cada Coração um Punhal, 1969), dos curtas Cu da Mãe (1969) e Festa do Divino (1969) e do longa O Quarto da Viúva (1975). Nesta entrevista comenta sua trajetória no cinema, em especial, as contundentes obras que realizou no contexto pós-AI-5 e sua colaboração com cineastas como Roberto Santos, Luiz Sérgio Person, Maurice Capovilla, Sylvio Back e Carlos Reichenbach. Com longeva trajetória no teatro e na fotografia, estreou no cinema como assistente de direção e diretor de arte de O Caso dos Irmãos Naves (1967) e, a partir de então, colaborou nas mais diversas funções em projetos emblemáticos do cinema paulista, em um contexto no qual emerge uma nova geração de cineastas — pertencentes ao dito “cinema de invenção” — em busca de novas formas de significação e reação ao contexto autoritário imposto após o Golpe de 1964. Neste sentido, obras como Cu da Mãe e Transplante de Mãe, cujas trilhas sonoras são assinadas por ninguém menos do que Rogério Duprat, são exemplos ímpares de um projeto de cinema que — em meio a um momento de forte censura e repressão como aquele que marcou o fim da década de 1960 — resiste e subverte as normas a partir de uma fruição da “liberdade do fazer”, como o próprio cineasta define, em uma radical experimentação dos limites da representação sensível às tendências contraculturais e ao tropicalismo.","PeriodicalId":18053,"journal":{"name":"Lumina","volume":"55 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-04-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Lumina","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.34019/1981-4070.2022.v16.33217","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Sebastião de Souza é diretor de Transplante de Mãe (episódio de Em Cada Coração um Punhal, 1969), dos curtas Cu da Mãe (1969) e Festa do Divino (1969) e do longa O Quarto da Viúva (1975). Nesta entrevista comenta sua trajetória no cinema, em especial, as contundentes obras que realizou no contexto pós-AI-5 e sua colaboração com cineastas como Roberto Santos, Luiz Sérgio Person, Maurice Capovilla, Sylvio Back e Carlos Reichenbach. Com longeva trajetória no teatro e na fotografia, estreou no cinema como assistente de direção e diretor de arte de O Caso dos Irmãos Naves (1967) e, a partir de então, colaborou nas mais diversas funções em projetos emblemáticos do cinema paulista, em um contexto no qual emerge uma nova geração de cineastas — pertencentes ao dito “cinema de invenção” — em busca de novas formas de significação e reação ao contexto autoritário imposto após o Golpe de 1964. Neste sentido, obras como Cu da Mãe e Transplante de Mãe, cujas trilhas sonoras são assinadas por ninguém menos do que Rogério Duprat, são exemplos ímpares de um projeto de cinema que — em meio a um momento de forte censura e repressão como aquele que marcou o fim da década de 1960 — resiste e subverte as normas a partir de uma fruição da “liberdade do fazer”, como o próprio cineasta define, em uma radical experimentação dos limites da representação sensível às tendências contraculturais e ao tropicalismo.
sebastiao de Souza是《母亲移植》(Em Cada coracao um Punhal, 1969)、短片《Cu da mae》(1969)和《Festa do Divino》(1969)以及故事片《O Quarto da viuva》(1975)的导演。在这次采访中,他评论了他的电影生涯,特别是他在ai -5之后创作的有力作品,以及他与Roberto Santos、Luiz sergio Person、Maurice Capovilla、Sylvio Back和Carlos Reichenbach等电影制作人的合作。longeva轨迹在电影上映的照片,电影在剧院和艺术方向和导演助理的兄弟(1967)和飞船,从那时起,参与了各种功能在电影旗舰项目停,在出现新一代的电影一个背景—属于说“电影的发明”—寻找意义的新方法和反应环境如1964年政变后执行。从这个意义上说,是妈妈的屁股和妈妈,移植的配乐是由他亲笔签名人比罗杰Duprat奇数,是学生的一个项目—在一个影院的审查和压制,怎么我们的1960年代末—正如电影制作人自己定义的那样,通过对反文化倾向和热带主义敏感的再现极限的激进实验,抵制和颠覆了从“制作自由”的享受中获得的规范。