{"title":"A estética da existência e os movimentos juvenis brasileiros em 1968 e 2013","authors":"Idelmar Gomes Cavalcante Júnior","doi":"10.22456/1983-201x.120450","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Neste artigo, analisamos o comportamento dos militantes estudantis que em 1968 foram às ruas protestar contra a Ditadura Militar e o da juventude que protestou no Junho de 2013, levando-se em conta, particularmente, a capacidade de articulação entre vida, política e arte. Em que medida essas duas gerações foram capazes de promover essa articulação e em que medida elas rechaçaram essa possibilidade? Em 1968, Caetano Veloso procurou levar a política para o palco, mas foi duramente repreendido porque não seguiu as anteriores prescrições dos Centros Populares de Cultura, da Une, que defendiam uma arte popular e didaticamente revolucionária. Caetano, afinal, queria expressar a política no seu próprio corpo. Levando em consideração essa premissa, o texto defende que Junho de 2013 rompe com a “seriedade” dos estudantes de 1968 e estabelece novos parâmetros de ativismo, pautados numa abertura para a estética da existência.","PeriodicalId":41524,"journal":{"name":"Anos 90","volume":"27 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.1000,"publicationDate":"2022-12-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Anos 90","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.22456/1983-201x.120450","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q3","JCRName":"HISTORY","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Neste artigo, analisamos o comportamento dos militantes estudantis que em 1968 foram às ruas protestar contra a Ditadura Militar e o da juventude que protestou no Junho de 2013, levando-se em conta, particularmente, a capacidade de articulação entre vida, política e arte. Em que medida essas duas gerações foram capazes de promover essa articulação e em que medida elas rechaçaram essa possibilidade? Em 1968, Caetano Veloso procurou levar a política para o palco, mas foi duramente repreendido porque não seguiu as anteriores prescrições dos Centros Populares de Cultura, da Une, que defendiam uma arte popular e didaticamente revolucionária. Caetano, afinal, queria expressar a política no seu próprio corpo. Levando em consideração essa premissa, o texto defende que Junho de 2013 rompe com a “seriedade” dos estudantes de 1968 e estabelece novos parâmetros de ativismo, pautados numa abertura para a estética da existência.