{"title":"O masculino e seu sexo na Roma antiga","authors":"Alexandre Cozer","doi":"10.53000/cpa.v22i31.3029","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Dentre os mais tradicionais modelos interpretativos para compreender as práticas sexuais romanas, a ideia de um cidadão masculino dominante, controlado e penetrador parece inquestionável. Nesse artigo, analisamos os discursos sobre a masculinidade criados n’O Livro de Catulo (I a.C.) e na Priapeia (I d.C.). Nosso objetivo é demonstrar que, nesse tipo de poesia e de humor, o papel masculino, desempenhado pelo eu-poético, poderia oscilar entre a mais comum ideia de uma masculinidade dominante e seu contrário. Tomando por base os questionamentos foucaultianos sobre a relação entre os discursos e a sociedade, não intencionamos propor um novo modelo para o entendimento das práticas sexuais romanas, mas apontar um caminho para observar a diversidade de maneiras com as quais esses antigos poderiam lidar com seus desejos e corpos.","PeriodicalId":127850,"journal":{"name":"Revista de Estudos Filosóficos e Históricos da Antiguidade","volume":"21 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2018-02-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista de Estudos Filosóficos e Históricos da Antiguidade","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.53000/cpa.v22i31.3029","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Dentre os mais tradicionais modelos interpretativos para compreender as práticas sexuais romanas, a ideia de um cidadão masculino dominante, controlado e penetrador parece inquestionável. Nesse artigo, analisamos os discursos sobre a masculinidade criados n’O Livro de Catulo (I a.C.) e na Priapeia (I d.C.). Nosso objetivo é demonstrar que, nesse tipo de poesia e de humor, o papel masculino, desempenhado pelo eu-poético, poderia oscilar entre a mais comum ideia de uma masculinidade dominante e seu contrário. Tomando por base os questionamentos foucaultianos sobre a relação entre os discursos e a sociedade, não intencionamos propor um novo modelo para o entendimento das práticas sexuais romanas, mas apontar um caminho para observar a diversidade de maneiras com as quais esses antigos poderiam lidar com seus desejos e corpos.