Lixo marinho em praias de Porto Seguro e Santa Cruz Cabrália

O aumento na concentração e os impactos gerados pelos resíduos sólidos antropogênicos (RSA) nos ecossistemas aquáticos são problemas crônicos e vem gerando preocupações pelo mundo. Durante o Fórum Econômico Mundial de Davos em 2016, pesquisadores alertaram que o atual sistema de produção, utilização e abandono de resíduos descartáveis e persistentes como o plástico promoverá que resíduos deste material sejam mais abundantes do que os peixes nos oceanos em 2050. Os impactos provocados pelos RSA são variados e podem representar desde um problema para a saúde dos organismos e ecossistemas aquáticos até impactos econômicos e sociais. Dentre os setores econômicos que mais sofrem com o lixo marinho, destacam-se o turismo e a pesca. No âmbito da Agenda 2030, a Década do Oceano tem o lixo marinho como uma de suas preocupações. Apesar da presença de materiais como madeiras, metais, vidros e borrachas, os plásticos representam a maior parte dos RSA presentes em ambientes marinhos, ultrapassando 90% em muitas regiões. Este estudo objetivou examinar a composição, quantidade e distribuição de lixo marinho em praias em Porto Seguro e Santa Cruz Cabrália.