{"title":"莫桑比克葡萄牙语第二语言中第三人称复数动词一致性和语言接触的社会语言学分析","authors":"Karen Cristina da Silva Pissurno","doi":"10.35499/tl.v14i1.7951","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Seguindo os pressupostos da Teoria da Variação e Mudança (WEINREICH; LABOV; HERZOG, 1968), observou-se o comportamento dos moçambicanos, falantes de português como segunda língua, em relação a alternância das marcas de plural, e, assim, constatou-se o estatuto de uma regra variável de concordância na variedade em estudo, nos limites de uma semicategórica, consoante Labov (2003). Verificou-se a atuação do contato linguístico com as línguas Bantu faladas no país em relação à outras variáveis linguísticas, como a escolaridade e o conhecimento de português propriamente dito. Para realizar o tratamento estatístico dos dados, utilizou-se o pacote de programas Goldvarb X. Por meio do controle estatísticos de condicionamentos linguísticos e extralinguísticos, as variáveis que se mostraram relevantes para amostra foram a escolaridade, a(s) língua(s) dominada(s) pelo informante, a transitividade verbal e a animacidade do sujeito. Notou-se também que os grupos de fatores sociais podem influenciar o grau de realização das marcas e que os dados de não marcação são de naturezas distintas daqueles contextos tidos como universais para o cancelamento das marcas de número. A partir das discussões levantadas, identificou-se que o Português de Moçambique ainda seria uma variedade em formação.","PeriodicalId":319014,"journal":{"name":"Tabuleiro de Letras","volume":"31 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2020-07-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Uma análise sociolinguística sobre a concordância verbal de terceira pessoa do plural e o contato linguístico no Português L2 da variedade moçambicana\",\"authors\":\"Karen Cristina da Silva Pissurno\",\"doi\":\"10.35499/tl.v14i1.7951\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Seguindo os pressupostos da Teoria da Variação e Mudança (WEINREICH; LABOV; HERZOG, 1968), observou-se o comportamento dos moçambicanos, falantes de português como segunda língua, em relação a alternância das marcas de plural, e, assim, constatou-se o estatuto de uma regra variável de concordância na variedade em estudo, nos limites de uma semicategórica, consoante Labov (2003). Verificou-se a atuação do contato linguístico com as línguas Bantu faladas no país em relação à outras variáveis linguísticas, como a escolaridade e o conhecimento de português propriamente dito. Para realizar o tratamento estatístico dos dados, utilizou-se o pacote de programas Goldvarb X. Por meio do controle estatísticos de condicionamentos linguísticos e extralinguísticos, as variáveis que se mostraram relevantes para amostra foram a escolaridade, a(s) língua(s) dominada(s) pelo informante, a transitividade verbal e a animacidade do sujeito. Notou-se também que os grupos de fatores sociais podem influenciar o grau de realização das marcas e que os dados de não marcação são de naturezas distintas daqueles contextos tidos como universais para o cancelamento das marcas de número. A partir das discussões levantadas, identificou-se que o Português de Moçambique ainda seria uma variedade em formação.\",\"PeriodicalId\":319014,\"journal\":{\"name\":\"Tabuleiro de Letras\",\"volume\":\"31 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2020-07-15\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Tabuleiro de Letras\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.35499/tl.v14i1.7951\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Tabuleiro de Letras","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.35499/tl.v14i1.7951","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Uma análise sociolinguística sobre a concordância verbal de terceira pessoa do plural e o contato linguístico no Português L2 da variedade moçambicana
Seguindo os pressupostos da Teoria da Variação e Mudança (WEINREICH; LABOV; HERZOG, 1968), observou-se o comportamento dos moçambicanos, falantes de português como segunda língua, em relação a alternância das marcas de plural, e, assim, constatou-se o estatuto de uma regra variável de concordância na variedade em estudo, nos limites de uma semicategórica, consoante Labov (2003). Verificou-se a atuação do contato linguístico com as línguas Bantu faladas no país em relação à outras variáveis linguísticas, como a escolaridade e o conhecimento de português propriamente dito. Para realizar o tratamento estatístico dos dados, utilizou-se o pacote de programas Goldvarb X. Por meio do controle estatísticos de condicionamentos linguísticos e extralinguísticos, as variáveis que se mostraram relevantes para amostra foram a escolaridade, a(s) língua(s) dominada(s) pelo informante, a transitividade verbal e a animacidade do sujeito. Notou-se também que os grupos de fatores sociais podem influenciar o grau de realização das marcas e que os dados de não marcação são de naturezas distintas daqueles contextos tidos como universais para o cancelamento das marcas de número. A partir das discussões levantadas, identificou-se que o Português de Moçambique ainda seria uma variedade em formação.