{"title":"亚马逊地区艾滋病毒合并感染病例结核病治疗的结果","authors":"Amanda Silveira Mariano, Nathália Halax Órfão","doi":"10.22278/2318-2660.2022.v46.n4.a3748","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Um dos grandes desafios para o controle da coinfecção de tuberculose (TB) e do vírus da imunodeficiência humana (HIV) é o tratamento, que, apesar de ser disponibilizado gratuitamente no Sistema Único de Saúde, apresenta baixos índices de adesão, bem como abandono do tratamento de ambas as doenças por diversos motivos, por exemplo, ausência de vínculo com os serviços de saúde, difícil ingestão dos múltiplos medicamentos e suas possíveis reações adversas, entre outros, consequentemente levando a desfechos desfavoráveis. Nesse sentido, este artigo pretende analisar os desfechos do tratamento de TB em pessoas vivendo com HIV em Rondônia, entre 2008 e 2018. Trata-se de um estudo ecológico com abordagem quantitativa, a partir do levantamento das variáveis clínicas, município de residência e notificação dos casos de coinfecção TB/HIV, com idade igual ou superior a 18 anos, residentes do estado e que não apresentassem a variável “situação de encerramento” em branco. Os dados foram analisados espacialmente no TabWin. Dos 721 casos selecionados, identificou-se baixo percentual de cura (50-84%) e elevado de abandono (6-49%), com tempo médio entre diagnóstico e tratamento de nove dias e, de tratamento, de 158 dias. Somente 25 municípios do estado notificaram casos de coinfecção, embora 34 se caracterizassem como municípios de residência. Com isso, verificam-se centralização das notificações e dificuldades nas estratégias de adesão e vínculo, tal como o tratamento diretamente observado, repercutindo nas ações de controle e, consequentemente, nos desfechos desfavoráveis para o tratamento da TB em pessoas vivendo com HIV em Rondônia.","PeriodicalId":306125,"journal":{"name":"Revista Baiana de Saúde Pública","volume":"18 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-12-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Desfechos do tratamento de tuberculose nos casos de coinfecção por HIV na Amazônia Legal\",\"authors\":\"Amanda Silveira Mariano, Nathália Halax Órfão\",\"doi\":\"10.22278/2318-2660.2022.v46.n4.a3748\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Um dos grandes desafios para o controle da coinfecção de tuberculose (TB) e do vírus da imunodeficiência humana (HIV) é o tratamento, que, apesar de ser disponibilizado gratuitamente no Sistema Único de Saúde, apresenta baixos índices de adesão, bem como abandono do tratamento de ambas as doenças por diversos motivos, por exemplo, ausência de vínculo com os serviços de saúde, difícil ingestão dos múltiplos medicamentos e suas possíveis reações adversas, entre outros, consequentemente levando a desfechos desfavoráveis. 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Desfechos do tratamento de tuberculose nos casos de coinfecção por HIV na Amazônia Legal
Um dos grandes desafios para o controle da coinfecção de tuberculose (TB) e do vírus da imunodeficiência humana (HIV) é o tratamento, que, apesar de ser disponibilizado gratuitamente no Sistema Único de Saúde, apresenta baixos índices de adesão, bem como abandono do tratamento de ambas as doenças por diversos motivos, por exemplo, ausência de vínculo com os serviços de saúde, difícil ingestão dos múltiplos medicamentos e suas possíveis reações adversas, entre outros, consequentemente levando a desfechos desfavoráveis. Nesse sentido, este artigo pretende analisar os desfechos do tratamento de TB em pessoas vivendo com HIV em Rondônia, entre 2008 e 2018. Trata-se de um estudo ecológico com abordagem quantitativa, a partir do levantamento das variáveis clínicas, município de residência e notificação dos casos de coinfecção TB/HIV, com idade igual ou superior a 18 anos, residentes do estado e que não apresentassem a variável “situação de encerramento” em branco. Os dados foram analisados espacialmente no TabWin. Dos 721 casos selecionados, identificou-se baixo percentual de cura (50-84%) e elevado de abandono (6-49%), com tempo médio entre diagnóstico e tratamento de nove dias e, de tratamento, de 158 dias. Somente 25 municípios do estado notificaram casos de coinfecção, embora 34 se caracterizassem como municípios de residência. Com isso, verificam-se centralização das notificações e dificuldades nas estratégias de adesão e vínculo, tal como o tratamento diretamente observado, repercutindo nas ações de controle e, consequentemente, nos desfechos desfavoráveis para o tratamento da TB em pessoas vivendo com HIV em Rondônia.