{"title":"爱可以吗?","authors":"Luciana Dadico","doi":"10.59099/prpub.2023.30","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este ensaio traz uma discussão sobre as relações amorosas sob a perspectiva da Teoria Crítica da Sociedade. Partindo da crítica freudiana à promessa de felicidade embutida em uma certa ideia de amor, e da associação romântica entre o sentimento amoroso e as paixões políticas, discuto as implicações mútuas do tema em âmbito público e privado. Busco refletir sobre a potência do amor para impulsionar transformações sociais, ao mesmo tempo em que considero as assimetrias que estruturam as relações privadas em sentido político. Para T.W. Adorno, o amor não é um sentimento espontâneo, mas mediado cultural e socialmente, e atravessado por contradições. No contexto de uma vida lesada, contraposta aos ideais de uma vida boa, discuto o amor como exercício de resistência, bem como as lacunas presentes em análises que desconsideram as assimetrias de poder que persistem como empecilho à condição de não violência das relações sociais.","PeriodicalId":358251,"journal":{"name":"PLURAL - Revista de Psicologia UNESP Bauru","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-07-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Amores possíveis?\",\"authors\":\"Luciana Dadico\",\"doi\":\"10.59099/prpub.2023.30\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Este ensaio traz uma discussão sobre as relações amorosas sob a perspectiva da Teoria Crítica da Sociedade. Partindo da crítica freudiana à promessa de felicidade embutida em uma certa ideia de amor, e da associação romântica entre o sentimento amoroso e as paixões políticas, discuto as implicações mútuas do tema em âmbito público e privado. Busco refletir sobre a potência do amor para impulsionar transformações sociais, ao mesmo tempo em que considero as assimetrias que estruturam as relações privadas em sentido político. Para T.W. Adorno, o amor não é um sentimento espontâneo, mas mediado cultural e socialmente, e atravessado por contradições. No contexto de uma vida lesada, contraposta aos ideais de uma vida boa, discuto o amor como exercício de resistência, bem como as lacunas presentes em análises que desconsideram as assimetrias de poder que persistem como empecilho à condição de não violência das relações sociais.\",\"PeriodicalId\":358251,\"journal\":{\"name\":\"PLURAL - Revista de Psicologia UNESP Bauru\",\"volume\":\"1 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2023-07-14\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"PLURAL - Revista de Psicologia UNESP Bauru\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.59099/prpub.2023.30\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"PLURAL - Revista de Psicologia UNESP Bauru","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.59099/prpub.2023.30","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Este ensaio traz uma discussão sobre as relações amorosas sob a perspectiva da Teoria Crítica da Sociedade. Partindo da crítica freudiana à promessa de felicidade embutida em uma certa ideia de amor, e da associação romântica entre o sentimento amoroso e as paixões políticas, discuto as implicações mútuas do tema em âmbito público e privado. Busco refletir sobre a potência do amor para impulsionar transformações sociais, ao mesmo tempo em que considero as assimetrias que estruturam as relações privadas em sentido político. Para T.W. Adorno, o amor não é um sentimento espontâneo, mas mediado cultural e socialmente, e atravessado por contradições. No contexto de uma vida lesada, contraposta aos ideais de uma vida boa, discuto o amor como exercício de resistência, bem como as lacunas presentes em análises que desconsideram as assimetrias de poder que persistem como empecilho à condição de não violência das relações sociais.