{"title":"Tempo na Índia antiga","authors":"Ethel Panitsa Beluzzi","doi":"10.53000/cpa.v21i30.2677","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Podemos dizer que a história da Índia é permeada pela investigação do que é o “eu”, e essa investigação ontológica e metafísica, na maioria das vezes, desenvolveu-se em uma multiplicidade de práxis. Entretanto, entre quase todos os desenvolvimentos filosóficos relacionados com essa questão, um conceito permanece central: o conceito de saṃsāra. Etimologicamente, saṃsāra une as palavras sama (igual/mesmo) e sarati (flui), isto é, significa um “contínuo fluir”. Considerando os meandros da causalidade, seria então possível ir além da existência condicionada, agora entendida como “contínuo vagar”. O tempo, dessa maneira, não é entendido como uma finitude necessária: ele se torna uma continuidade inescapável.","PeriodicalId":127850,"journal":{"name":"Revista de Estudos Filosóficos e Históricos da Antiguidade","volume":"203 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2017-02-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista de Estudos Filosóficos e Históricos da Antiguidade","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.53000/cpa.v21i30.2677","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Podemos dizer que a história da Índia é permeada pela investigação do que é o “eu”, e essa investigação ontológica e metafísica, na maioria das vezes, desenvolveu-se em uma multiplicidade de práxis. Entretanto, entre quase todos os desenvolvimentos filosóficos relacionados com essa questão, um conceito permanece central: o conceito de saṃsāra. Etimologicamente, saṃsāra une as palavras sama (igual/mesmo) e sarati (flui), isto é, significa um “contínuo fluir”. Considerando os meandros da causalidade, seria então possível ir além da existência condicionada, agora entendida como “contínuo vagar”. O tempo, dessa maneira, não é entendido como uma finitude necessária: ele se torna uma continuidade inescapável.