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Nesse texto, que é um discurso de paraninfo para uma turma de graduandos, Wallace discorre sobre questões existenciais profundas, tão urgentes e presentes ao ser humano, na sua busca por construção de sentido, quanto usualmente por nós negligenciadas. Não é exatamente desse tipo de questões que Cupani se ocupará em sua obra Filosofia da tecnologia: um convite. Contudo, assim como a água da história de Wallace, a tecnologia, de tão presente em nossas vidas, costuma apresentar-se como se transparente. Com efeito, desde as máquinas que facilitam o nosso dia-a-dia, até as técnicas que tornam a cura de doenças mais eficaz, a tecnologia está por toda parte. Que diabos, no entanto, é de fato a tecnologia? Ela é passível de ser socialmente controlada ou se desenvolve de maneira automática e autônoma? Ela é neutra, estando imune a valores sociais, ou, ao contrário, incorpora-os, alterando-se em função dos valores específicos que a moldam? Se ela incorpora valores, quais questões éticas são ou poderiam ser pertinentemente levantadas com relação ao processo de seu desenvolvimento? Ela impacta a vida humana individual e coletiva? Que nível de controle político, democrático, é lícito requerer em contrapartida? Que tipo de conhecimento fundamenta a atividade técnica? scientiæ zudia, São Paulo, v. 12, n. 3, p. 601-5, 2014