Brunno Victor Freitas Cunha, Izabela Santarelli Ferraz
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O projeto de construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte foi caracterizado, desde o início de sua formulação, pela discricionariedade em torno de sua implementação e questionamentos sobre sua viabilidade. Desse modo, este artigo tem como objetivo compreender como a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte operou de modo a expandir o capital para a Amazônia brasileira por meio de políticas estatais, tornando o Estado aliado da expansão capitalista, degradação ambiental e da destruição dos modos de vida dos povos indígenas, ribeirinhos e da população local. Assim, perpassa-se inicialmente a análise do papel do Estado no sistema capitalista e o posicionamento do Estado brasileiro perante a Amazônia. Em segundo momento, busca-se compreender a atuação do Estado na degradação ambiental no território amazônico, especialmente durante os períodos da ditadura empresarial-militar e nos governos do Partido dos Trabalhadores (2002-2016). Por fim, procura-se compreender a construção de Belo Monte a partir do papel de protagonismo do Estado e da destruição do meio ambiente natural e social amazônico, o que é realizado através de análise de fontes primárias, como relatórios do PAC, e secundárias. Conclui-se que o processo envolveu a pilhagem, a degradação ambiental, controle do território e violência sistemática, auxiliando na expansão do capital.