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“Brasil: ame-o ou deixe-o”: a produção de sentidos do discurso totalitário
O tema deste artigo são as relações dialógicas estabelecidas entre a materialidade linguística e os elementos da situação extraverbal e contextual da vinheta “Brasil, ame-o ou deixe-o”, produzida e divulgada pela rede de televisão aberta SBT, em novembro de 2018. A reflexão está ancorada na análise dialógica do discurso, a partir dos estudos de Bakhtin e do Círculo de Bakhtin, com o objetivo de explicitar as relações dialógicas estabelecidas nesta prática discursiva considerada como um discurso totalitário no cenário político do Brasil pós-eleições presidenciais. O estudo revela duas proposições principais: a) A veiculação da vinheta pela rede de televisão SBT, no período mencionado, dada sua orientação apreciativa e seu direcionamento, representa uma forte simbologia com valoração positiva do período de Ditadura Militar no país, o que ocorre via relações metonímicas. b) A veiculação da referida vinheta no período pós-eleições presidenciais revela uma tentativa de homogeneização do discurso por meio da ideia de exclusão de toda e qualquer outra orientação apreciativa que possa se manifestar. Portanto, há um investimento discursivo na veiculação da vinheta que permite afirmar o viés totalitário por ela assumido na situação extraverbal e contextual.