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Os sujeitos desta investigação foram crianças de 6 a 9 anos, praticantes de natação do Programa de Extensão desta universidade e da Educação de Tempo Integral do Colégio Dehon. Os dados foram produzidos por meio de registro em diário de campo, gravação de vídeos, fotografias e conversas das crianças. As análises indicaram que as crianças constroem estratégias próprias da cultura infantil, bem como, negociam com os adultos o direito ao tempo para brincar, com a água e com o outro, nas aulas de natação. A água se revelou como brinquedo nas experiências aquáticas, sobrepondo-se em relação aos materiais pedagógicos disponíveis na piscina. O corpo se manifestou como um vetor de comunicação entre as crianças, por meio das emoções, dos gestos, mímicas e das brincadeiras. Nas experiências vividas pelas crianças com seus pares, a pesquisa sinalizou que elas aprendem e ensinam acerca do nadar e a brincadeira é o fio condutor nesses processos. 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A produção do nadar nas interações sociais das crianças: “olha o que eu sei fazer!”
Este artigo apresenta resultados de uma pesquisa de mestrado, que teve por objetivo analisar como as crianças produzem o nadar, a partir de suas interações, em práticas educativas da natação. O estudo se fundamentou nas teorias da Sociologia da Infância, que reconhece as crianças como sujeitos ativos de sua própria história e geração, pois produzem e partilham cultura nas interações com seus pares, outrossim, a Sociologia do Corpo, que entende a corporeidade como linguagem de comunicação entre os pares. A pesquisa de campo foi realizada na Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL e o Colégio Dehon, pertencente ao campus universitário, na cidade de Tubarão, Santa Catarina. Os sujeitos desta investigação foram crianças de 6 a 9 anos, praticantes de natação do Programa de Extensão desta universidade e da Educação de Tempo Integral do Colégio Dehon. Os dados foram produzidos por meio de registro em diário de campo, gravação de vídeos, fotografias e conversas das crianças. As análises indicaram que as crianças constroem estratégias próprias da cultura infantil, bem como, negociam com os adultos o direito ao tempo para brincar, com a água e com o outro, nas aulas de natação. A água se revelou como brinquedo nas experiências aquáticas, sobrepondo-se em relação aos materiais pedagógicos disponíveis na piscina. O corpo se manifestou como um vetor de comunicação entre as crianças, por meio das emoções, dos gestos, mímicas e das brincadeiras. Nas experiências vividas pelas crianças com seus pares, a pesquisa sinalizou que elas aprendem e ensinam acerca do nadar e a brincadeira é o fio condutor nesses processos. Sendo assim, as evidências indicam a importância da valorização da cultura de pares nas práticas educativas da natação.