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Este artigo aborda a temática dos livros infernais e o processo de censura sob a perspectiva do Imaginário. A investigação realizada teve como aporte teórico principal os aspectos simbólicos presentes em contextos de proibição literária baseando-se em autores como Maria Luiza Carneiro (2002), Michel Foucault (1989) e Carlos Serbena (2003). Objetivou-se compreender o Imaginário Social presente durante a ditadura militar brasileira através da comparação das obras Peter Pan (1930) e Reinações de Narizinho (1931) escritas por Monteiro Lobato, em contraponto ao discurso da máquina ideológica estatal. A metodologia utilizada foi a Análise de Conteúdo, de Laurence Bardin (1979), configurando-se como uma pesquisa qualitativa. Os resultados mostraram que os discursos dos agentes censores se relacionaram, nessas obras, a cinco categorias discursivas e constatou-se que o imaginário, como função social, é capaz de legitimar regimes através de discursos políticos dados como verdadeiros por estes. Paralelamente, sugere-se a potencialidade da leitura literária infantil para instilar reflexões e crítica em seus leitores.