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COLONIALISMO DO SABER E SUAS IMPLICAÇÕES PARA A APLICAÇÃO DA LEI Nº 10.639/2003 NAS ESCOLAS PÚBLICAS
RESUMO
Enxergar novas possibilidades de alcance da implementação da Lei nº 10.639/2003, implica na desconstrução de saberes eurocentrados, na visibilidade de novas culturas e, principalmente, no reconhecimento de Si e do Outro. Partindo dessa ideia, é possível compreender que a implementação da Lei traz consigo complexidades relacionada ao que foi imposto a séculos de dominação colonial e na construção de identidades. Cabe, portanto, problematizar as implicações do discurso colonizador nesse processo; das formas como este argumento foi prerrogativa para a exploração do trabalho, criação de estereótipos e depreciação da imagem da população negra. Com o objetivo de refletir sobre o ensino das relações étnico raciais na educação básica de ensino e seus desafios epistemológicos para implementação da Lei, além de pensar sobre possibilidades de enegrecer os planos de aulas, o texto traduz-se em inquietações sobre o direito do educando de conhecer uma África desestiguimatizada e valorizada. De cunho bibliográfico, embasado em Anibal Quijano, Sandra Pettit, e Jurgen Habermas, busca-se contribuir para uma análise sobre a necessidade de reconhecimento étnico de professores e professoras como forma de desconstrução de saberes eurocentrados para a construção de novos paradigmas inclusivos.
Palavras-chaves: Colonialismo do saber. Lei 10639/2003. Ensino das relações étnicos raciais.