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Há algum tempo que a estabilidade institucional do Brasil está em falta, que os pilares da nossa jovem democracia estão fragilizados e que a política está cada vez mais polarizada. O processo de desestabilização que se iniciou com as jornadas de junho de 2013, tomou força com o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e que culminou com a eleição de Jair Bolsonaro em 2018 nos mostra que a crise se normalizou no sistema político, social e econômico do país. Com base na análise exposta no livro Como as Democracias Morrem sobre o ressurgimento do autoritarismo em democracias contemporâneas através dos próprios mecanismos desse regime, o presente artigo pretende versar sobre a história recente do Brasil, focando, principalmente, no papel desempenhado por Jair Bolsonaro no processo de erosão democrática que o país enfrenta, como foi possível o aprofundamento dessa crise política e como revertê-la sem apelar para medidas estranhas à Constituição. Será explorada, também, a relação dessa crise com o fenômeno nacional-populista que tem estado presente na cultura política de vários países ocidentais desde o início do século XXI e que representa a mais urgente ameaça aos valores políticos herdados do iluminismo na contemporaneidade, mesmo em países com instituições fortes e estáveis.