{"title":"莫尼兹,a.b.(2018)。机器人技术与工作:今天的未来。里斯本:冰川","authors":"Nuno Boavida","doi":"10.30553/sociologiaonline.2018.18.6","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O livro “Robótica e Trabalho. O Futuro Hoje” de António Brandão Moniz foi lançado em Março de 2018 e aborda a relação entre a robótica e o mundo trabalho num contexto nacional e internacional. O livro é fruto de um convite da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento e pertence à coletânea intitulada “A Ciência Disruptiva” da editora Glaciar. O autor do livro é Professor Associado com agregação de Sociologia Industrial da Universidade Nova de Lisboa, investigador do Institute of Technology Assessment and System Analysis (ITAS) do Karlsruhe Institute of Technology (KIT) na Alemanha e coordenador da Agenda Nacional de Investigação e Inovação em “Trabalho, robotização e qualificação do emprego em Portugal” promovida pelo Ministério da Ciência e Tecnologia. O livro pretende contribuir para o debate público atual sobre a relação entre tecnologia e trabalho, visível no número crescente de debates na televisão e de entrevistas em revistas e semanários nacionais e internacionais. Os desenvolvimentos tecnológicos recentes na área de automação, robótica e inteligência artificial têm motivado um maior debate mediático também em Portugal, embora os contributos científicos nacionais para a discussão sejam ainda relativamente limitados. O debate sobre tecnologia e trabalho já existe com manifesta importância na comunidade científica desde os anos de 1970, com publicações e debates organizados em torno da importância da introdução de sistemas automatizados (i.e., de controlo numérico e robotizados), do impacto na desqualificação da sociedade pós-industrial e da emergência dos sistemas flexíveis de produção que permitiam novas opções organizacionais. O livro enquadra a discussão atual num contexto histórico, onde nos anos 1970 e 1980 a principal questão era a de poderem ser apenas os postos de trabalho com conteúdos pobres (monotonia, repetibilidade, etc.) os mais facilmente automatizáveis. São centrais os fatores que podem motivar a perda de postos de trabalho que não estão diretamente relacionados com as políticas macroeconómicas, com os problemas dos mercados globais ou com as disfunções de gestão empresarial. 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Moniz, A. B. (2018). Robótica e trabalho: O futuro hoje. Lisboa: Glaciar
O livro “Robótica e Trabalho. O Futuro Hoje” de António Brandão Moniz foi lançado em Março de 2018 e aborda a relação entre a robótica e o mundo trabalho num contexto nacional e internacional. O livro é fruto de um convite da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento e pertence à coletânea intitulada “A Ciência Disruptiva” da editora Glaciar. O autor do livro é Professor Associado com agregação de Sociologia Industrial da Universidade Nova de Lisboa, investigador do Institute of Technology Assessment and System Analysis (ITAS) do Karlsruhe Institute of Technology (KIT) na Alemanha e coordenador da Agenda Nacional de Investigação e Inovação em “Trabalho, robotização e qualificação do emprego em Portugal” promovida pelo Ministério da Ciência e Tecnologia. O livro pretende contribuir para o debate público atual sobre a relação entre tecnologia e trabalho, visível no número crescente de debates na televisão e de entrevistas em revistas e semanários nacionais e internacionais. Os desenvolvimentos tecnológicos recentes na área de automação, robótica e inteligência artificial têm motivado um maior debate mediático também em Portugal, embora os contributos científicos nacionais para a discussão sejam ainda relativamente limitados. O debate sobre tecnologia e trabalho já existe com manifesta importância na comunidade científica desde os anos de 1970, com publicações e debates organizados em torno da importância da introdução de sistemas automatizados (i.e., de controlo numérico e robotizados), do impacto na desqualificação da sociedade pós-industrial e da emergência dos sistemas flexíveis de produção que permitiam novas opções organizacionais. O livro enquadra a discussão atual num contexto histórico, onde nos anos 1970 e 1980 a principal questão era a de poderem ser apenas os postos de trabalho com conteúdos pobres (monotonia, repetibilidade, etc.) os mais facilmente automatizáveis. São centrais os fatores que podem motivar a perda de postos de trabalho que não estão diretamente relacionados com as políticas macroeconómicas, com os problemas dos mercados globais ou com as disfunções de gestão empresarial. O autor percorre os principais debates técnicos e sociológicos acerca da relação entre tecnologia e trabalho, e mais concretamente acerca da robótica, em torno de fatores como o emprego, desemprego, produtividade e vagas de automação industrial (e.g. Indústria 4.0).