{"title":"Melos e Logos: Caetano Veloso和gregory de Matos对诗歌公共领域的批评","authors":"L. D. Oliveira","doi":"10.11606/issn.1984-1124.i31p244-258","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Baianos e poetas, o barroco Gregório de Matos e o tropicalista Caetano Veloso se conectam no uso da mesma “linguagem tropical e desmistificadora” (ÁVILA, 1994) das ruas, do trânsito entre palavra escrita e palavra cantada. Porém, os afetos e os efeitos éticos e estéticos são bastante diversos. Ao cantar “Triste Bahia”, Caetano recupera todos os procedimentos técnico-persuasivos da poesia à época de Gregório, no entanto, para inverter o ethos colonial, expor sua decadência e impertinência. Cantar Gregório do modo como Caetano canta, inserindo versos de domínio público, restitui a discussão em torno da autoria da poesia atribuída ao poeta do Brasil colônia. À “ostensiva ornamentalidade da retórica barroca” (OLIVEIRA, 2003), Caetano propõe um novo olhar sobre a permanência do “antigo estado” no Brasil da década de 1970.","PeriodicalId":371417,"journal":{"name":"Revista Criação & Crítica","volume":"32 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-12-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Melos e Logos: Caetano Veloso e a crítica do domínio público na poesia atribuída a Gregório de Matos\",\"authors\":\"L. D. Oliveira\",\"doi\":\"10.11606/issn.1984-1124.i31p244-258\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Baianos e poetas, o barroco Gregório de Matos e o tropicalista Caetano Veloso se conectam no uso da mesma “linguagem tropical e desmistificadora” (ÁVILA, 1994) das ruas, do trânsito entre palavra escrita e palavra cantada. Porém, os afetos e os efeitos éticos e estéticos são bastante diversos. Ao cantar “Triste Bahia”, Caetano recupera todos os procedimentos técnico-persuasivos da poesia à época de Gregório, no entanto, para inverter o ethos colonial, expor sua decadência e impertinência. Cantar Gregório do modo como Caetano canta, inserindo versos de domínio público, restitui a discussão em torno da autoria da poesia atribuída ao poeta do Brasil colônia. À “ostensiva ornamentalidade da retórica barroca” (OLIVEIRA, 2003), Caetano propõe um novo olhar sobre a permanência do “antigo estado” no Brasil da década de 1970.\",\"PeriodicalId\":371417,\"journal\":{\"name\":\"Revista Criação & Crítica\",\"volume\":\"32 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2021-12-30\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Revista Criação & Crítica\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.i31p244-258\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Criação & Crítica","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.i31p244-258","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
摘要
巴伊亚人和诗人,巴洛克风格的gregorio de Matos和热带主义的Caetano Veloso通过使用同样的“热带和去神秘的语言”(avila, 1994)来连接街道,文字和歌曲之间的交通。然而,伦理和审美的影响和效果是非常不同的。在演唱《悲伤的巴伊亚》时,卡埃塔诺恢复了格雷戈里时代诗歌的所有技术和说服程序,然而,为了扭转殖民精神,暴露其颓废和无礼。卡埃塔诺唱歌的方式,插入公共领域的诗句,恢复了关于诗歌作者归属于巴西殖民地诗人的讨论。对于“华丽的巴洛克修辞”(OLIVEIRA, 2003), Caetano提出了一个新的视角来看待20世纪70年代巴西“旧国家”的持久性。
Melos e Logos: Caetano Veloso e a crítica do domínio público na poesia atribuída a Gregório de Matos
Baianos e poetas, o barroco Gregório de Matos e o tropicalista Caetano Veloso se conectam no uso da mesma “linguagem tropical e desmistificadora” (ÁVILA, 1994) das ruas, do trânsito entre palavra escrita e palavra cantada. Porém, os afetos e os efeitos éticos e estéticos são bastante diversos. Ao cantar “Triste Bahia”, Caetano recupera todos os procedimentos técnico-persuasivos da poesia à época de Gregório, no entanto, para inverter o ethos colonial, expor sua decadência e impertinência. Cantar Gregório do modo como Caetano canta, inserindo versos de domínio público, restitui a discussão em torno da autoria da poesia atribuída ao poeta do Brasil colônia. À “ostensiva ornamentalidade da retórica barroca” (OLIVEIRA, 2003), Caetano propõe um novo olhar sobre a permanência do “antigo estado” no Brasil da década de 1970.