Valéria Gallo, Bruno Araújo Absolon, F. J. Figueiredo
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A “Coleção Cope” e os fósseis na Estrada de Ferro da Bahia - São Francisco
As coleções paleontológicas representam uma herança natural e cultural, que deve ser salvaguardada em acervos institucionais. Dentre elas, destaca-se a Coleção de Paleovertebrados do Departamento de Geologia e Paleontologia do Museu Nacional (DGP-MN), que sofreu uma considerável perda, em decorrência do incêndio sofrido por este museu em 2018. Uma forma de recuperar as informações históricas e científicas desta coleção está em seu registro iconográfico. Nesse contexto, o presente trabalho inventaria e ilustra o acervo, que ficou conhecido no Departamento de Geologia e Paleontologia do Museu Nacional como “Coleção Cope”. Trata-se de uma centena de vertebrados fósseis que foram enviados, sob a forma de empréstimo, ao paleontólogo norte-americano Edward Drinker Cope (1840-1897), no final do século XIX, para identificação e descrição. Grande parte desta coleção foi obtida durante a construção da Estrada de Ferro da Bahia ao São Francisco, inaugurada em 1860. A implementação e consequente ampliação da rede ferroviária no Brasil, no final do século XIX, trouxe não só crescimento econômico, como possibilitou a formação de muitas coleções paleontológicas, uma vez que os cortes abertos nos terrenos para a construção das estradas de ferro revelaram o registro fossilífero, como é o caso da “Coleção Cope”. Se esta não mais existe fisicamente, ao menos a listagem e o registro iconográfico aqui apresentados poderão revalidá-la para a paleontologia brasileira.