MARCADORES LABORATORIAIS NA DETECÇÃO DO COVID-19

Introdução: O Sars-Cov-2 trouxe desafios para as equipes de saúde no processo de pesquisa de detecção e acompanhamento dos pacientes infectados pelo novo coronavírus. Devido ao impacto da doença, o perfil bioquímico dos indivíduos acometidos pelo vírus demonstrou-se importante para rastreabilidade e assistência médica, devido expressarem o reflexo das lesões causadas pela infecção. A dosagens de LDH (desidrogenase lácta), bilirrubina total, troponina cardíaca, AST (aspartato aminotransferase), ALT (alanina aminotransferase), IL-6(interleucina 6), proteína C reativa, ferritina e creatinina demonstraram a diversidade de acometimentos celulares e sistemas fisiológicos no organismo humano. Objetivos: Realizar uma revisão bibliográfica apresentando os principais marcadores bioquímicos utilizados na detecção e acompanhamento de pacientes acometidos pela COVID-19, indicar as alterações presentes e sua relevância. Material e método: Foram selecionados artigos científicos que abordassem sobre marcadores bioquímicos utilizados na detecção da COVID-19, a partir de buscas realizadas nos bancos de dados virtuais: LILACS, Scientific Library online (SCIELO), BVS e Google Acadêmico. Como critérios de inclusão foram considerados apenas estudos entre (2019-2022), em qualquer idioma, cujo assunto principal tratava a respeito dos exames laboratoriais no manejo de pacientes acometidos pela covid 19. Foram utilizados os seguintes descritores: COVID-19; biomarcadores; bioquímica e diagnóstico. Resultados: Os resultados mostram que pacientes diagnosticados pelo vírus apresentaram elevação dos níveis de ferritina sérica, LDH, AST, ALT, proteína C reativa e creatinina sérica, além do IL-6 em pacientes com risco de futuras falhas respiratórias. A maioria dos trabalhos relatam alterações nos exames de função renal, cardíaca e pulmonar devido a infecção viral. Proteínas estruturais do vírus demonstraram, segundo estudos, a habilidade de deslocar o ferro presente na hemoglobina dos eritrócitos representando baixa saturação de oxigênio conduzindo-o a uma involução do seu estado, além de causar danos oxidativos, desencadeamento de processo inflamatório e tempestade de citocinas. Conclusão: Portanto, conclui-se que os marcadores laboratoriais podem auxiliar na detecção de pacientes acometidos pelo SARS-COV2 acompanhando a evolução quadro infeccioso do paciente, categorizando a fase da doença e indicando possíveis patologias que o paciente pode desenvolver, como por exemplo: infarto agudo do miocárdio, eventos tromboembólicos, acidentes vasculares, insuficiência renal, e alterações hepáticas que o paciente poderá apresentar devido a infecção.