ANÁLISE DA MORTALIDADE POR INSUFICIÊNCIA CARDÍACA NO ESTADO DO PARÁ

Introdução: As doenças cardiovasculares (DCV´s) são uma das principais causas de morbimortalidade no Brasil e no mundo. Entre elas, a Insuficiência Cardíaca (IC) é uma síndrome clínica complexa que se destaca como um importante problema de saúde pública por sua alta incidência, prevalência e morbimortalidade. Nesse sentido, o conhecimento epidemiológico acerca das mortes por IC no Estado do Pará é de extrema importância. Objetivos: Analisar a epidemiologia da mortalidade por Insuficiência cardíaca no Estado do Pará, Brasil, no ano de 2020. MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal, descritivo, com abordagem quantitativa, realizado por meio do levantamento de dados secundários, obtidos no Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde, referentes aos registros de óbitos com diagnóstico principal de IC, na lista de doenças do aparelho circulatório, no estado do Pará durante o ano de 2020. As variáveis investigadas foram: número de óbitos, caráter do atendimento, taxa de mortalidade, sexo e idade dos acometidos. Resultados: O estudo constatou que das 1.965 mortes por doenças do aparelho circulatório registradas no Estado do Pará, em 2020, a Insuficiência Cardíaca foi responsável por 380 óbitos (19,3%). De acordo com os dados, a doença foi a segunda maior causa de mortes dessa classificação no estado, atrás somente do Acidente vascular Cerebral (n:681, 34,7%). Entre as cidades com os maiores registros estão Belém (n:69, 18,1%) e Altamira (n:24, 6,3%). Dos casos, a quase totalidade possuiu caráter de urgência no atendimento (n:376, 98,9%) e a taxa de mortalidade média da IC no estado foi de 10,7%. Em relação aos acometidos, 217 (57,1%) foram do sexo masculino e 163 (42,9%) do sexo feminino, e a faixa etária predominante concentrou-se entre os com 60 a 79 anos (n:176, 46,3%). Conclusão: Conclui-se que o estado do Pará apresentou um grande número de óbitos por Insuficiência Cardíaca no ano de 2020, revelando que a doença apresenta grande impacto na saúde pública da região. Dessa forma, ações de vigilância epidemiológica são necessárias para diminuição e controle das mortes por IC e de suas complicações.