Heloisa Moreira Pestana de Medeiros, Raquel Maiéli Bagatini, Carolina Padilha Kuhn, Karen Suelen Da Silva De Abreu De Oliveira, D. M. Benvegnú
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Objetivos: Caracterizar o perfil da população de indivíduos privados de liberdade de um município do Sul do Brasil e relacionar com a sua autopercepção acerca de seu estado de saúde física, mental e estado nutricional. Material e métodos: Foi realizado um estudo transversal com 134 indivíduos do gênero masculino, privados de liberdade de uma penitenciária do Sudoeste do Paraná. Os indivíduos foram instruídos acerca do projeto, a fim de verificar o interesse quanto à participação na pesquisa. Foram incluídos no estudo os indivíduos que estivessem presos em regime fechado, mediante assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) sob o CAAE Nº 13261419.2.0000.5564. Resultados: A média de idade dos indivíduos foi de 35,93 anos, 29,19% desses indivíduos foram presos por crime contra a dignidade sexual, 24,60% crime contra a vida, 22,22% crime contra a lei de drogas, 3,17% latrocínio e 0,79% por uso indevido de armas de fogo. Relacionado aos sinais e sintomas depressivos 53,07% dos indivíduos manifestavam tais sinais. Em relação à escolaridade, a maioria dos indivíduos possuíam somente o ensino fundamental e também a maioria eram solteiros. A média de horas de sono dormidas por dia foi de 7,82h. O estado nutricional teve a prevalência de indivíduos eutróficos e a média do IMC foi de 27,37kg/m². Conclusão: Diante o exposto, o presente estudo demonstra que a maioria dos indivíduos que apresentam sinais e sintomas depressivos, condição socioeconômica desfavorável e baixa escolaridade estão propensos à criminalidade devido à falta de oportunidades.","PeriodicalId":275879,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Saúde On-line","volume":"50 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-07-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"PERFIL DE INDIVÍDUOS PRIVADOS DE LIBERDADE DE UMA PENITENCIÁRIA NO SUDOESTE DO PARANÁ\",\"authors\":\"Heloisa Moreira Pestana de Medeiros, Raquel Maiéli Bagatini, Carolina Padilha Kuhn, Karen Suelen Da Silva De Abreu De Oliveira, D. M. 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PERFIL DE INDIVÍDUOS PRIVADOS DE LIBERDADE DE UMA PENITENCIÁRIA NO SUDOESTE DO PARANÁ
Introdução: O sistema penitenciário tem sua origem relacionada em corrigir pequenos delitos e castigar pessoas que faltavam com suas obrigações sociais. As prisões brasileiras possuem várias carências, sendo potencializadores de diferentes iniquidades e enfermidades que afetam a saúde dos detentos. Devido às condições das penitenciárias, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu normas em relação aos indivíduos privados de sua liberdade, uma delas é que tais indivíduos não podem sair em situação de saúde pior do que ingressaram na prisão. Objetivos: Caracterizar o perfil da população de indivíduos privados de liberdade de um município do Sul do Brasil e relacionar com a sua autopercepção acerca de seu estado de saúde física, mental e estado nutricional. Material e métodos: Foi realizado um estudo transversal com 134 indivíduos do gênero masculino, privados de liberdade de uma penitenciária do Sudoeste do Paraná. Os indivíduos foram instruídos acerca do projeto, a fim de verificar o interesse quanto à participação na pesquisa. Foram incluídos no estudo os indivíduos que estivessem presos em regime fechado, mediante assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) sob o CAAE Nº 13261419.2.0000.5564. Resultados: A média de idade dos indivíduos foi de 35,93 anos, 29,19% desses indivíduos foram presos por crime contra a dignidade sexual, 24,60% crime contra a vida, 22,22% crime contra a lei de drogas, 3,17% latrocínio e 0,79% por uso indevido de armas de fogo. Relacionado aos sinais e sintomas depressivos 53,07% dos indivíduos manifestavam tais sinais. Em relação à escolaridade, a maioria dos indivíduos possuíam somente o ensino fundamental e também a maioria eram solteiros. A média de horas de sono dormidas por dia foi de 7,82h. O estado nutricional teve a prevalência de indivíduos eutróficos e a média do IMC foi de 27,37kg/m². Conclusão: Diante o exposto, o presente estudo demonstra que a maioria dos indivíduos que apresentam sinais e sintomas depressivos, condição socioeconômica desfavorável e baixa escolaridade estão propensos à criminalidade devido à falta de oportunidades.