{"title":"ATIVISMO ONLINE","authors":"Lara Lima Satler, Beatriz De Almeida Prado","doi":"10.21665/2318-3888.v9n18p74-108","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A cultura digital vem se mostrando uma alternativa viável e mais acessível para muitas mulheres, jovens e adolescentes, se comunicarem e se organizarem coletivamente a partir do tema corpo. Páginas e grupos que trazem relatos de experiências e questionamentos em redes sociais como o YouTube, Facebook e o Instagram vem aumentando em número e importância, facilitando a troca de conhecimento, a partilha de vivências e a ajuda mútua entre mulheres em um ambiente que é caracterizado principalmente pela possibilidade de interatividade. Reconhecendo que a mensagem veiculada na internet pode repercutir na vida e na autoestima de pessoas dentro e fora do ambiente digital tanto de maneira positiva como negativa, a presente pesquisa se propõe a investigar sobre a recepção das performances de Tour Pelo Meu Corpo, que são produzidas Luíza Junqueira e Ellora Haonne no YouTube. Objetiva-se compreender como estas se articulam à autoimagem corporal de seus públicos e de que maneira os processos de aceitação corporal podem se modificar a partir destas performances. Trata de uma pesquisa qualitativa, que utiliza-se da etnografia de mídia com Christine Hine para a produção de dados e busca categorizar os resultados obtidos a partir do modelo de codificação e decodificação de Stuart Hall. Por resultado percebe-se que, ao tornarem os vídeos da tag \"tour pelo meu corpo\" públicos, suas reflexões iniciam um questionamento ativista contra um único modelo de corpo magro como ideal. \n ","PeriodicalId":297259,"journal":{"name":"Revista Ambivalências","volume":"43 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-02-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Ambivalências","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.21665/2318-3888.v9n18p74-108","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
A cultura digital vem se mostrando uma alternativa viável e mais acessível para muitas mulheres, jovens e adolescentes, se comunicarem e se organizarem coletivamente a partir do tema corpo. Páginas e grupos que trazem relatos de experiências e questionamentos em redes sociais como o YouTube, Facebook e o Instagram vem aumentando em número e importância, facilitando a troca de conhecimento, a partilha de vivências e a ajuda mútua entre mulheres em um ambiente que é caracterizado principalmente pela possibilidade de interatividade. Reconhecendo que a mensagem veiculada na internet pode repercutir na vida e na autoestima de pessoas dentro e fora do ambiente digital tanto de maneira positiva como negativa, a presente pesquisa se propõe a investigar sobre a recepção das performances de Tour Pelo Meu Corpo, que são produzidas Luíza Junqueira e Ellora Haonne no YouTube. Objetiva-se compreender como estas se articulam à autoimagem corporal de seus públicos e de que maneira os processos de aceitação corporal podem se modificar a partir destas performances. Trata de uma pesquisa qualitativa, que utiliza-se da etnografia de mídia com Christine Hine para a produção de dados e busca categorizar os resultados obtidos a partir do modelo de codificação e decodificação de Stuart Hall. Por resultado percebe-se que, ao tornarem os vídeos da tag "tour pelo meu corpo" públicos, suas reflexões iniciam um questionamento ativista contra um único modelo de corpo magro como ideal.