Maria Eduarda Baroni Sardi, U. C. U. Ingá, Leonardo Scharth Loureiro Silva, Maria Thereza Bordignon Tozzo, Mariana Dos Santos Simião, Mariana Gularte, Marina Barbosa da Silva, Luiz Renato Manfredini Hapner
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Dessa maneira, o objetivo é comparar a cobertura vacinal brasileira do ano de 2015 ao ano de 2020 e demonstrar a importância da vacinação e a provável segunda queda consecutiva da cobertura vacinal para o ano de 2020.As fontes de dados utilizadas foram retiradas do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) e a população em estudo corresponde a homens e mulheres, sem restrição de faixas etárias, residentes no Brasil.Desse modo, em 2015, a média da cobertura vacinal das cinco regiões brasileiras (norte, nordeste, sudeste, sul e centro-oeste), foi de 95,07%.No ano seguinte, em 2016, a cobertura vacinal teve uma queda brusca para 50,44%, e em 2017 a taxa foi de 72,93%.Já no ano de 2018, a média ascendeu para 77,13%, porém, em 2019, caiu novamente para 72,74%. Considerando o atual mês do ano de 2020 (setembro), a taxa de vacinação de janeiro a setembro foi de 51,62%. Em relação à média de todos os anos, a região norte foi a que apresentou menor cobertura vacinal comparada com as outras regiões brasileiras.Nessa perspectiva,ao analisarmos a cobertura vacinal dos últimos anos, vemos como é drástica a queda da cobertura vacinal em uma comparação do ano de 2015 aos anos subsequentes. Além do mais, observamos uma notável queda no ano de 2019, e provável nova queda consecutiva para oano de 2020, já que a cobertura vacinal de janeiro a setembro atingiu apenas 51,62%. Isso se deve em parte a atual epidemia do novo Coronavírus, em que grande parte da população evita ir às Unidades de Saúde buscar pelas vacinas; além disso, recentemente,vivenciamos o “Movimento antivacina” que, apesar das inúmeras demonstrações da eficácia e importância das vacinas, cresce o número de pessoas que recusam a vacinar seus filhos, fomentando um movimento perigoso que pode trazer de volta doenças como a poliomielite.Entretanto, vale ressaltar que estes são apenas dois dos motivos os quais a queda foi atribuída, necessitando de mais pesquisas para elucidar o porquê a população brasileira está deixando de procurar as imunizações. 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引用次数: 21
摘要
由卫生部制定的国家免疫方案的主要目标是制定疫苗接种日历,并在全国免费分发疫苗。因此,免疫接种是控制几种疾病最成功的干预措施之一,然而,在巴西观察到疫苗接种覆盖率显著下降,增加了被认为已根除的疾病的风险。因此,目标是比较巴西2015年和2020年的疫苗接种覆盖率,并证明疫苗接种的重要性和2020年疫苗接种覆盖率可能连续第二次下降。使用的数据来源来自Sistema unico de saude (DATASUS)的信息学部门,研究人口对应于居住在巴西的男性和女性,不受年龄范围的限制。因此,2015年,巴西五个地区(北部、东北部、东南部、南部和中西部)的平均疫苗接种覆盖率为95.07%。第二年,也就是2016年,疫苗覆盖率急剧下降到50.44%,2017年为72.93%。2018年,这一比例上升到77.13%,但在2019年,这一比例再次下降到72.74%。考虑到2020年9月,1月至9月的疫苗接种率为51.62%。与所有年份的平均水平相比,与巴西其他地区相比,北部地区的疫苗覆盖率较低。从这个角度来看,当我们分析过去几年的疫苗覆盖率时,我们看到与2015年相比,疫苗覆盖率下降是多么急剧。此外,我们注意到2019年疫苗覆盖率显著下降,2020年可能再次连续下降,因为1月至9月的疫苗覆盖率仅为51.62%。这在一定程度上是由于目前新型冠状病毒的流行,许多人避免去卫生单位接种疫苗;此外,我们最近经历了"反疫苗运动",尽管无数证据表明疫苗的有效性和重要性,但拒绝给子女接种疫苗的人数正在增加,这助长了一种危险的运动,可能使小儿麻痹症等疾病卷起来。然而,值得注意的是,这只是下降的两个原因,需要更多的研究来阐明为什么巴西人口不再寻求免疫。因此,尽管在巴西,疫苗接种是免费的,但随着免疫接种的减少,已经被认为是根深蒂固的疾病病例有增加的风险。
COMPARAÇÃO DA COBERTURA VACINAL BRASILEIRA DO ANO DE 2015 AO ANO DE 2020: A QUEDA DA IMUNIZAÇÃO NO BRASIL
O Programa Nacional de Imunizações, formulado pelo Ministério da Saúde, tem como maior objetivo instituir o calendário vacinal e distribuir vacinas, de forma gratuita, em âmbito nacional.Dessa forma, a imunização é uma das intervenções mais bem-sucedidas no controle de diversas doenças, entretanto, uma importante queda na cobertura vacinal tem sido observada no Brasil, aumentando o risco de doenças consideradas erradicadas. Dessa maneira, o objetivo é comparar a cobertura vacinal brasileira do ano de 2015 ao ano de 2020 e demonstrar a importância da vacinação e a provável segunda queda consecutiva da cobertura vacinal para o ano de 2020.As fontes de dados utilizadas foram retiradas do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) e a população em estudo corresponde a homens e mulheres, sem restrição de faixas etárias, residentes no Brasil.Desse modo, em 2015, a média da cobertura vacinal das cinco regiões brasileiras (norte, nordeste, sudeste, sul e centro-oeste), foi de 95,07%.No ano seguinte, em 2016, a cobertura vacinal teve uma queda brusca para 50,44%, e em 2017 a taxa foi de 72,93%.Já no ano de 2018, a média ascendeu para 77,13%, porém, em 2019, caiu novamente para 72,74%. Considerando o atual mês do ano de 2020 (setembro), a taxa de vacinação de janeiro a setembro foi de 51,62%. Em relação à média de todos os anos, a região norte foi a que apresentou menor cobertura vacinal comparada com as outras regiões brasileiras.Nessa perspectiva,ao analisarmos a cobertura vacinal dos últimos anos, vemos como é drástica a queda da cobertura vacinal em uma comparação do ano de 2015 aos anos subsequentes. Além do mais, observamos uma notável queda no ano de 2019, e provável nova queda consecutiva para oano de 2020, já que a cobertura vacinal de janeiro a setembro atingiu apenas 51,62%. Isso se deve em parte a atual epidemia do novo Coronavírus, em que grande parte da população evita ir às Unidades de Saúde buscar pelas vacinas; além disso, recentemente,vivenciamos o “Movimento antivacina” que, apesar das inúmeras demonstrações da eficácia e importância das vacinas, cresce o número de pessoas que recusam a vacinar seus filhos, fomentando um movimento perigoso que pode trazer de volta doenças como a poliomielite.Entretanto, vale ressaltar que estes são apenas dois dos motivos os quais a queda foi atribuída, necessitando de mais pesquisas para elucidar o porquê a população brasileira está deixando de procurar as imunizações. Dessa maneira, apesar de no Brasil a vacinação ser gratuita, com a queda na imunização,há risco de aumento de casos de doenças que já foram considerada ser radicadas.