{"title":"高中教科书论文:变化与连续性之间","authors":"Mariana Batista Campos","doi":"10.22456/2594-8962.85036","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Neste artigo, o objetivo é discutir o ensino da dissertação em dois manuais didáticos do ensino médio publicados entre 1980 e 2000, estudados sistematicamente, a título de caracterizar as transformações ocorridas no ensino de dissertação / argumentação, como parte de uma política pública instaurada no início da ditadura militar. Na primeira parte do artigo, serão retomados alguns documentos oficiais que marcaram o ensino da produção escrita, particularmente, a dissertação, apontando aspectos que definiram esse gênero escolar de forma monológica. Na segunda parte, analisamos as sequências didáticas formuladas nos manuais didáticos e, nas considerações finais, comparamos como o modelo de ensino no intervalo de de duas décadas oscila entre dissertação e argumentação, sem a preocupação de colocar as questões argumentativas de forma dialógica. O modo de ensinar a produzir textos dissertativo-argumentativos nos manuais escolares mantém-se nos livros didáticos como exercício escolar em que os alunos devem desenvolver uma ideia, seguindo a estrutura formal de introdução, desenvolvimento e conclusão. Dissertar como argumentar, como confrontar pontos de vista diferentes, respeitando a opinião do outro, enfrentando a diversidade não é proposta das atividades didáticas presentes nos manuais até o início do século XXI.","PeriodicalId":126634,"journal":{"name":"Revista Conexão Letras","volume":"48 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2018-07-20","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Dissertação nos manuais escolares do ensino médio: entre mudanças e permanências\",\"authors\":\"Mariana Batista Campos\",\"doi\":\"10.22456/2594-8962.85036\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Neste artigo, o objetivo é discutir o ensino da dissertação em dois manuais didáticos do ensino médio publicados entre 1980 e 2000, estudados sistematicamente, a título de caracterizar as transformações ocorridas no ensino de dissertação / argumentação, como parte de uma política pública instaurada no início da ditadura militar. Na primeira parte do artigo, serão retomados alguns documentos oficiais que marcaram o ensino da produção escrita, particularmente, a dissertação, apontando aspectos que definiram esse gênero escolar de forma monológica. Na segunda parte, analisamos as sequências didáticas formuladas nos manuais didáticos e, nas considerações finais, comparamos como o modelo de ensino no intervalo de de duas décadas oscila entre dissertação e argumentação, sem a preocupação de colocar as questões argumentativas de forma dialógica. O modo de ensinar a produzir textos dissertativo-argumentativos nos manuais escolares mantém-se nos livros didáticos como exercício escolar em que os alunos devem desenvolver uma ideia, seguindo a estrutura formal de introdução, desenvolvimento e conclusão. Dissertar como argumentar, como confrontar pontos de vista diferentes, respeitando a opinião do outro, enfrentando a diversidade não é proposta das atividades didáticas presentes nos manuais até o início do século XXI.\",\"PeriodicalId\":126634,\"journal\":{\"name\":\"Revista Conexão Letras\",\"volume\":\"48 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2018-07-20\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Revista Conexão Letras\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.22456/2594-8962.85036\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Conexão Letras","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.22456/2594-8962.85036","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Dissertação nos manuais escolares do ensino médio: entre mudanças e permanências
Neste artigo, o objetivo é discutir o ensino da dissertação em dois manuais didáticos do ensino médio publicados entre 1980 e 2000, estudados sistematicamente, a título de caracterizar as transformações ocorridas no ensino de dissertação / argumentação, como parte de uma política pública instaurada no início da ditadura militar. Na primeira parte do artigo, serão retomados alguns documentos oficiais que marcaram o ensino da produção escrita, particularmente, a dissertação, apontando aspectos que definiram esse gênero escolar de forma monológica. Na segunda parte, analisamos as sequências didáticas formuladas nos manuais didáticos e, nas considerações finais, comparamos como o modelo de ensino no intervalo de de duas décadas oscila entre dissertação e argumentação, sem a preocupação de colocar as questões argumentativas de forma dialógica. O modo de ensinar a produzir textos dissertativo-argumentativos nos manuais escolares mantém-se nos livros didáticos como exercício escolar em que os alunos devem desenvolver uma ideia, seguindo a estrutura formal de introdução, desenvolvimento e conclusão. Dissertar como argumentar, como confrontar pontos de vista diferentes, respeitando a opinião do outro, enfrentando a diversidade não é proposta das atividades didáticas presentes nos manuais até o início do século XXI.