Beatriz Mendes Galvão, Mônica Aparecida Ganazza, Amilcar Cardoso De Azevedo, J. Yunes
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Acreditamos que, as mutações possam estar presentes no domínio Bbox do gene PML, responsável pela supressão de crescimento e apoptose das células e/ou no domínio LBD do gene RARA, responsável pela formação do complexo RARA/RXR que acarreta na ligação do ATRA às células leucêmicas. Objetivos: Portanto, o presente estudo tem como objetivo analisar e identificar mutações em PML-RARA em casos de LPA admitidos para tratamento no Centro Infantil Boldrini no período entre 2000 a 2020. Materiais e Métodos: Neste período, foram admitidos 121 pacientes pediátricos com LPA, positivos para a t(15;17), destes, 12 pacientes apresentaram recaída molecular e 3 apresentaram má resposta ao tratamento. Foi padronizada a reação de cadeia da polimerase (PCR) em duas etapas (Nested-PCR) para a amplificação do gene de fusão PML-RARA, utilizando iniciadores que cobrem do éxon 1 do PML ao éxon 7 de RARA, os amplicons da Nested-PCR foram sequenciados bidirecionalmente através do sequenciamento Sanger, utilizando iniciadores no domínio Bbox do gene PML e no domínio LBD de RARA e os cromatogramas gerados foram analisados por inspeção visual no software Chromas e a sequência em FASTA foi submetida para análises no Software MutationExplorer. Resultados: A partir disso, até o presente momento, 7 pacientes foram sequenciados, dos quais um recidivado, apresentou uma mutação no domínio LBD, sendo ela uma deleção de aproximadamente 600 pares de base. Conclusão: Desta forma, pode-se concluir até o presente momento, que aproximadamente 14% dos pacientes que apresentaram recaída molecular da LPA possuem mutações no domínio LBD. Até o final do estudo, todos os pacientes serão sequenciados e analisados para ambos os domínios.","PeriodicalId":260466,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Biologia Molecular On-line","volume":"40 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-11-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"MUTAÇÕES EM PML-RARA E RESISTÊNCIA AO ATRA NA LEUCEMIA PROMIELOCÍTICA AGUDA PEDIÁTRICA\",\"authors\":\"Beatriz Mendes Galvão, Mônica Aparecida Ganazza, Amilcar Cardoso De Azevedo, J. Yunes\",\"doi\":\"10.51161/rems/2340\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Introdução: A leucemia promielocítica aguda (LPA) apresenta a translocação t(15;17) em 95% dos casos, envolvedo os genes PML (15q24.1) e RARA (17q21.2) e resulta na formação de um transcrito e proteína de fusão PML-RARA. 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MUTAÇÕES EM PML-RARA E RESISTÊNCIA AO ATRA NA LEUCEMIA PROMIELOCÍTICA AGUDA PEDIÁTRICA
Introdução: A leucemia promielocítica aguda (LPA) apresenta a translocação t(15;17) em 95% dos casos, envolvedo os genes PML (15q24.1) e RARA (17q21.2) e resulta na formação de um transcrito e proteína de fusão PML-RARA. O tratamento da LPA baseia-se no uso de ácido all-trans retinóico (ATRA) combinado à quimioterapia com antraciclina. Recentemente o trióxido de arsênico (ATO) foi incorporado ao tratamento, demonstrando melhora considerável do sucesso terapêutico. Porém, alguns pacientes ainda apresentam má resposta ou resistência ao tratamento e estudos sugerem que mutações no transcrito de fusão PML-RARA podem ser responsáveis por este comportamento. Acreditamos que, as mutações possam estar presentes no domínio Bbox do gene PML, responsável pela supressão de crescimento e apoptose das células e/ou no domínio LBD do gene RARA, responsável pela formação do complexo RARA/RXR que acarreta na ligação do ATRA às células leucêmicas. Objetivos: Portanto, o presente estudo tem como objetivo analisar e identificar mutações em PML-RARA em casos de LPA admitidos para tratamento no Centro Infantil Boldrini no período entre 2000 a 2020. Materiais e Métodos: Neste período, foram admitidos 121 pacientes pediátricos com LPA, positivos para a t(15;17), destes, 12 pacientes apresentaram recaída molecular e 3 apresentaram má resposta ao tratamento. Foi padronizada a reação de cadeia da polimerase (PCR) em duas etapas (Nested-PCR) para a amplificação do gene de fusão PML-RARA, utilizando iniciadores que cobrem do éxon 1 do PML ao éxon 7 de RARA, os amplicons da Nested-PCR foram sequenciados bidirecionalmente através do sequenciamento Sanger, utilizando iniciadores no domínio Bbox do gene PML e no domínio LBD de RARA e os cromatogramas gerados foram analisados por inspeção visual no software Chromas e a sequência em FASTA foi submetida para análises no Software MutationExplorer. Resultados: A partir disso, até o presente momento, 7 pacientes foram sequenciados, dos quais um recidivado, apresentou uma mutação no domínio LBD, sendo ela uma deleção de aproximadamente 600 pares de base. Conclusão: Desta forma, pode-se concluir até o presente momento, que aproximadamente 14% dos pacientes que apresentaram recaída molecular da LPA possuem mutações no domínio LBD. Até o final do estudo, todos os pacientes serão sequenciados e analisados para ambos os domínios.