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Os três poemas aqui apresentados elaboram, cada um à sua maneira, a ideia da literatura como encontro. Em "A bússola", reflete-se sobre a possibilidade de que o ato poético ou a escrita sejam capazes de promover o encontro com o leitor a partir da criação de um símbolo. O poema, em busca desse símbolo, procede a partir de um movimento de construção/desconstrução da imagem de uma bússola, inserindo-se em uma tradição de poemas que poderíamos chamar de "poemas de procura". Em "O mesopotâmio", a procura pelo encontro se dá não no espaço, mas no tempo. Em "Se soubéssemos diríamos melhor", pergunta-se sobre a pertinência final do gesto da escrita em vista da realidade vivida, povoada pela diversa e estranha criatura a quem chamamos "gente". Diante da inexorável finitude da experiência, haveria mais verdade no que se escreve e perdura, ou no que se diz e fenece? Formalmente, os três poemas lançam mão das ferramentas conquistadas pelo verso livre e/ou polimétrico do poema modernista brasileiro, buscando aplicá-las ao léxico e à sintaxe coloquial contemporânea.