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Putin fortaleceu a economia russa através da produção e exportação de energia: petróleo, gás, e derivados de xisto, construindo inclusive gasodutos para Europa, China e Índia. Investiu na renovação das forças armadas russas e no desenvolvimento da indústria bélica russa. Ao mesmo tempo, Putin procura exacerbar o nacionalismo russo, esse fenômeno ganha aliados tanto na elite oligarca russa; quanto nos cidadãos russos. Putin supostamente persegue o interesse nacional. O poder de Putin se fortalece com o uso do nacionalismo. Entretanto, essa invasão não seria apenas uma forma de manipulação política da imagem de Putin como a mídia ocidental trata a situação. Existe também uma visão de mundo que Putin compartilha com seus seguidores o Eurasianismo, que considera a Rússia um continente intermediário, uma massa homogênea, distinta tanto da Ásia como da Europa. Eurasianismo cria o atlas mental da geopolítica russa. Na tradição histórica, o espaço físico territorial é um elemento indissociável da identidade da nação russa, e a tradição geopolítica representa isso mesmo, uma conjugação de elementos teórico-simbólicos que se refletem na geopercepção do mundo e, consequentemente, na sua política externa. Assim, a ação do Estado, se assenta em noções de legitimidade histórica e na prossecução de um destino manifesto, é condicionada pelo seu passado e orientada por visões do seu futuro. A identidade da nação russa se mescla com o território físico e descendência russa e turcomana. Como boa parte dessas populações se encontra espalhada em outros países; Ucrânia, Cazaquistão, Bielo-Rússia entre outros, isso legitima o direito de dominar e invadir esses territórios, ignorando se estão em outros países. Ignorando a vontade e a soberania de outras nações. 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Invasão Russa da Ucrânia, em 2022, como estratégia de proteção territorial em relação à OTAN
A invasão da Rússia contra a Ucrânia seria uma estratégia de proteção do seu territorial? O governo da Rússia apresentou a entrada da Ucrânia para a OTAN como inaceitável, por conta dos riscos da proximidade da aliança militar de suas fronteiras. Essa presença colocaria o território russo sob ameaça de invasão. O contexto somente poderá ser entendido se introduzirmos a figura de seu presidente Vladmir Putin no contexto. O governo russo se confunde com o governo de Putin e suas intenções, interesses e aspirações. A Rússia desde o fim da URSS, em 1991, vem perdendo significância no jogo político global. Poder político, econômico e militar, numa realidade multipolarizada. Representando o papel de uma potência secundária. Putin fortaleceu a economia russa através da produção e exportação de energia: petróleo, gás, e derivados de xisto, construindo inclusive gasodutos para Europa, China e Índia. Investiu na renovação das forças armadas russas e no desenvolvimento da indústria bélica russa. Ao mesmo tempo, Putin procura exacerbar o nacionalismo russo, esse fenômeno ganha aliados tanto na elite oligarca russa; quanto nos cidadãos russos. Putin supostamente persegue o interesse nacional. O poder de Putin se fortalece com o uso do nacionalismo. Entretanto, essa invasão não seria apenas uma forma de manipulação política da imagem de Putin como a mídia ocidental trata a situação. Existe também uma visão de mundo que Putin compartilha com seus seguidores o Eurasianismo, que considera a Rússia um continente intermediário, uma massa homogênea, distinta tanto da Ásia como da Europa. Eurasianismo cria o atlas mental da geopolítica russa. Na tradição histórica, o espaço físico territorial é um elemento indissociável da identidade da nação russa, e a tradição geopolítica representa isso mesmo, uma conjugação de elementos teórico-simbólicos que se refletem na geopercepção do mundo e, consequentemente, na sua política externa. Assim, a ação do Estado, se assenta em noções de legitimidade histórica e na prossecução de um destino manifesto, é condicionada pelo seu passado e orientada por visões do seu futuro. A identidade da nação russa se mescla com o território físico e descendência russa e turcomana. Como boa parte dessas populações se encontra espalhada em outros países; Ucrânia, Cazaquistão, Bielo-Rússia entre outros, isso legitima o direito de dominar e invadir esses territórios, ignorando se estão em outros países. Ignorando a vontade e a soberania de outras nações. Podemos criar hipóteses que a invasão da Ucrânia não se limitará as regiões de Donbass, Lugansky e Criméia, e que o belicismo de Putin continuará até restabelecer o mapa territorial soviético.