俄罗斯将于2022年入侵乌克兰,作为对抗北约的领土保护战略

Prof. Me. Ulysses Alves dos Reis
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Putin fortaleceu a economia russa através da produção e exportação de energia: petróleo, gás, e derivados de xisto, construindo inclusive gasodutos para Europa, China e Índia. Investiu na renovação das forças armadas russas e no desenvolvimento da indústria bélica russa. Ao mesmo tempo, Putin procura exacerbar o nacionalismo russo, esse fenômeno ganha aliados tanto na elite oligarca russa; quanto nos cidadãos russos. Putin supostamente persegue o interesse nacional. O poder de Putin se fortalece com o uso do nacionalismo. Entretanto, essa invasão não seria apenas uma forma de manipulação política da imagem de Putin como a mídia ocidental trata a situação. Existe também uma visão de mundo que Putin compartilha com seus seguidores o Eurasianismo, que considera a Rússia um continente intermediário, uma massa homogênea, distinta tanto da Ásia como da Europa. Eurasianismo cria o atlas mental da geopolítica russa. 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摘要

俄罗斯入侵乌克兰是为了保护乌克兰领土吗?俄罗斯政府认为乌克兰加入北约是不可接受的,因为这个军事联盟靠近其边界的风险。这样的存在将使俄罗斯领土面临入侵的威胁。只有把普京总统的形象放在背景中,才能理解背景。俄罗斯政府与普京政府及其意图、利益和抱负相混淆。自1991年苏联解体以来,俄罗斯在全球政治游戏中的重要性一直在下降。多极化现实中的政治、经济和军事力量。扮演次要大国的角色。普京通过生产和出口能源(石油、天然气和页岩产品)加强了俄罗斯经济,包括修建通往欧洲、中国和印度的天然气管道。他投资了一所学校,在那里他开始了他的职业生涯。与此同时,普京试图加剧俄罗斯的民族主义,这种现象在俄罗斯寡头精英中都获得了盟友;至于俄罗斯公民。据说普京追求的是国家利益。普京的权力通过民族主义得到加强。然而,这次入侵不仅仅是西方媒体对普京形象的政治操纵。普京和他的欧亚主义追随者也有一种世界观,认为俄罗斯是一个中间大陆,一个同质的群体,有别于亚洲和欧洲。欧亚主义创造了俄罗斯地缘政治的心理地图集。在历史传统中,领土物理空间是俄罗斯民族身份的一个不可分割的元素,而地缘政治传统代表了这一点,理论和象征元素的组合反映了对世界的地理感知,从而反映了其外交政策。因此,国家的行动以历史合法性的概念和对明确命运的追求为基础,受其过去的制约,并以其未来的愿景为指导。俄罗斯民族的身份与实际领土以及俄罗斯和土库曼血统混合在一起。由于这些人口中有很大一部分分布在其他国家;乌克兰、哈萨克斯坦、白俄罗斯和其他国家,这使统治和入侵这些领土的权利合法化,而不考虑它们是否在其他国家。无视其他国家的意愿和主权。我们可以假设,对乌克兰的入侵不会局限于顿巴斯、卢甘斯基和克里米亚地区,普京的好战行为将继续下去,直到重建苏联的领土地图。
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Invasão Russa da Ucrânia, em 2022, como estratégia de proteção territorial em relação à OTAN
A invasão da Rússia contra a Ucrânia seria uma estratégia de proteção do seu territorial? O governo da Rússia apresentou a entrada da Ucrânia para a OTAN como inaceitável, por conta dos riscos da proximidade da aliança militar de suas fronteiras. Essa presença colocaria o território russo sob ameaça de invasão. O contexto somente poderá ser entendido se introduzirmos a figura de seu presidente Vladmir Putin no contexto. O governo russo se confunde com o governo de Putin e suas intenções, interesses e aspirações. A Rússia desde o fim da URSS, em 1991, vem perdendo significância no jogo político global. Poder político, econômico e militar, numa realidade multipolarizada. Representando o papel de uma potência secundária. Putin fortaleceu a economia russa através da produção e exportação de energia: petróleo, gás, e derivados de xisto, construindo inclusive gasodutos para Europa, China e Índia. Investiu na renovação das forças armadas russas e no desenvolvimento da indústria bélica russa. Ao mesmo tempo, Putin procura exacerbar o nacionalismo russo, esse fenômeno ganha aliados tanto na elite oligarca russa; quanto nos cidadãos russos. Putin supostamente persegue o interesse nacional. O poder de Putin se fortalece com o uso do nacionalismo. Entretanto, essa invasão não seria apenas uma forma de manipulação política da imagem de Putin como a mídia ocidental trata a situação. Existe também uma visão de mundo que Putin compartilha com seus seguidores o Eurasianismo, que considera a Rússia um continente intermediário, uma massa homogênea, distinta tanto da Ásia como da Europa. Eurasianismo cria o atlas mental da geopolítica russa. Na tradição histórica, o espaço físico territorial é um elemento indissociável da identidade da nação russa, e a tradição geopolítica representa isso mesmo, uma conjugação de elementos teórico-simbólicos que se refletem na geopercepção do mundo e, consequentemente, na sua política externa. Assim, a ação do Estado, se assenta em noções de legitimidade histórica e na prossecução de um destino manifesto, é condicionada pelo seu passado e orientada por visões do seu futuro. A identidade da nação russa se mescla com o território físico e descendência russa e turcomana. Como boa parte dessas populações se encontra espalhada em outros países; Ucrânia, Cazaquistão, Bielo-Rússia entre outros, isso legitima o direito de dominar e invadir esses territórios, ignorando se estão em outros países. Ignorando a vontade e a soberania de outras nações. Podemos criar hipóteses que a invasão da Ucrânia não se limitará as regiões de Donbass, Lugansky e Criméia, e que o belicismo de Putin continuará até restabelecer o mapa territorial soviético.    
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