E. Ottaviani, I. Santinon, Lucy Terezinha Mariotti
{"title":"女性的沉默是平等门徒训练的障碍","authors":"E. Ottaviani, I. Santinon, Lucy Terezinha Mariotti","doi":"10.23925/rct.i103.59852","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo procura traçar uma breve genealogia do silenciamento das mulheres na estrutura eclesial. Parte da análise de um retábulo, pintado entre os séculos XII e XIII, e mostra os discursos e as práticas de silenciamento no interior da Igreja, nos oito séculos anteriores e nos oito séculos posteriores à pintura. O silenciamento se apresenta como um elemento decorrente do patriarcalismo enraizado na estrutura eclesial e desvela uma relação de poder que exclui as mulheres dos organismos de decisão. Divido em três tópicos, precedidos por um preâmbulo que analisa os argumentos do retábulo e o lugar destinado à mulher que fala na igreja, o artigo apresenta o silenciamento como um entrave ao discipulado de iguais. Composto a seis mãos, ele entrelaça os objetos de pesquisa do trio de autores envolvidos em sua redação: a análise iconográfica dos três primeiros séculos da era cristã, com ênfase nas transposições artísticas do poder pastoral; o movimento beguinal − tido por movimento de contraconduta, segundo Michel Foucault, e profético, segundo José Comblin, como resistência ao poder clerical; a perspectiva da teologia feminista, sobre os entraves ao discipulado de iguais. \n ","PeriodicalId":369264,"journal":{"name":"Revista de Cultura Teológica","volume":"39 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-12-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"silenciamento das mulheres como entrave ao discipulado de Iguais\",\"authors\":\"E. Ottaviani, I. Santinon, Lucy Terezinha Mariotti\",\"doi\":\"10.23925/rct.i103.59852\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Este artigo procura traçar uma breve genealogia do silenciamento das mulheres na estrutura eclesial. Parte da análise de um retábulo, pintado entre os séculos XII e XIII, e mostra os discursos e as práticas de silenciamento no interior da Igreja, nos oito séculos anteriores e nos oito séculos posteriores à pintura. O silenciamento se apresenta como um elemento decorrente do patriarcalismo enraizado na estrutura eclesial e desvela uma relação de poder que exclui as mulheres dos organismos de decisão. Divido em três tópicos, precedidos por um preâmbulo que analisa os argumentos do retábulo e o lugar destinado à mulher que fala na igreja, o artigo apresenta o silenciamento como um entrave ao discipulado de iguais. Composto a seis mãos, ele entrelaça os objetos de pesquisa do trio de autores envolvidos em sua redação: a análise iconográfica dos três primeiros séculos da era cristã, com ênfase nas transposições artísticas do poder pastoral; o movimento beguinal − tido por movimento de contraconduta, segundo Michel Foucault, e profético, segundo José Comblin, como resistência ao poder clerical; a perspectiva da teologia feminista, sobre os entraves ao discipulado de iguais. \\n \",\"PeriodicalId\":369264,\"journal\":{\"name\":\"Revista de Cultura Teológica\",\"volume\":\"39 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2022-12-26\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Revista de Cultura Teológica\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.23925/rct.i103.59852\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista de Cultura Teológica","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.23925/rct.i103.59852","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
silenciamento das mulheres como entrave ao discipulado de Iguais
Este artigo procura traçar uma breve genealogia do silenciamento das mulheres na estrutura eclesial. Parte da análise de um retábulo, pintado entre os séculos XII e XIII, e mostra os discursos e as práticas de silenciamento no interior da Igreja, nos oito séculos anteriores e nos oito séculos posteriores à pintura. O silenciamento se apresenta como um elemento decorrente do patriarcalismo enraizado na estrutura eclesial e desvela uma relação de poder que exclui as mulheres dos organismos de decisão. Divido em três tópicos, precedidos por um preâmbulo que analisa os argumentos do retábulo e o lugar destinado à mulher que fala na igreja, o artigo apresenta o silenciamento como um entrave ao discipulado de iguais. Composto a seis mãos, ele entrelaça os objetos de pesquisa do trio de autores envolvidos em sua redação: a análise iconográfica dos três primeiros séculos da era cristã, com ênfase nas transposições artísticas do poder pastoral; o movimento beguinal − tido por movimento de contraconduta, segundo Michel Foucault, e profético, segundo José Comblin, como resistência ao poder clerical; a perspectiva da teologia feminista, sobre os entraves ao discipulado de iguais.