Ana Kelvia Araujo Arcanjo, Antonio Neudimar Bastos Costa, Rafaela Linhares Ponte Rangel, Izabelly Linhares Ponte Brito, Claudio Roberto Ferreira DE Sousa
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Resultados: Paciente feminino, 26 anos de idade, encaminhado ao serviço de referência com história de aumento de volume abdominal há 1 mês, seguido de aumento de metrorragia, gengivorragia, astenia, adinamia progressiva, com risco de complicação, associado ao hemograma demonstrando uma pancitopenia, com leucometria total 10.990/mm3, 74% de blastos (promielócitos anômalos); plaquetas 18 mil/mm3. Realizou-se a avaliação morfológica do aspirado de medula óssea para sua confirmação, porém como já havia a suspeita da leucemia, o tratamento foi iniciado, mesmo antes da conclusão dos exames complementares. No mielograma, foi verificado uma expansão clonal de promielócitos anômalos (blastos) de tamanho médio, com núcleo excêntrico, granulação abundante e numerosos bastonetes de Auer. A imunofenotipagem apresentou os seguintes marcadores positivos: CD33 e CD13, marcadores de linhagem mieloide, e identificou imunofenótipo sugestivo de Leucemia Promielocítica Aguda, com 57% de blastos com marcação positiva para CD11c, sugerindo maturação dos promielócitos e compatível com uso de terapia alvo. Além da caracterização dos antígenos expressos pelas células envolvidas, a citometria de fluxo forneceu informação quanto ao tamanho e à granulosidade celular. Conclusão: Conclui-se que importância do tratamento e diagnóstico precoce da Leucemia Promielocítica Aguda são necessários para evitar sérios problemas de hemorragia e coagulação. 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RELATO DE CASO: LEUCEMIA PROMIELOCÍTICA AGUDA (LPA)
Introdução: A leucemia promielocítica (LPA) é um dos subtipos mais graves de leucemia mieloide aguda (LMA), conhecida como LMA-M3 segundo a classificação Franco Américo Britânica (FAB). Os avanços na terapêutica vêm contribuindo para o aumento das taxas de sobrevida na doença, e melhorando o prognóstico. Objetivos: Apresentar um caso de um paciente diagnosticado com Leucemia Promielocítica Aguda. Metodologia: Informações foram obtidas por meio de dados de exame clínico e análise do prontuário, além de revisão bibliográfica sobre o tema. Resultados: Paciente feminino, 26 anos de idade, encaminhado ao serviço de referência com história de aumento de volume abdominal há 1 mês, seguido de aumento de metrorragia, gengivorragia, astenia, adinamia progressiva, com risco de complicação, associado ao hemograma demonstrando uma pancitopenia, com leucometria total 10.990/mm3, 74% de blastos (promielócitos anômalos); plaquetas 18 mil/mm3. Realizou-se a avaliação morfológica do aspirado de medula óssea para sua confirmação, porém como já havia a suspeita da leucemia, o tratamento foi iniciado, mesmo antes da conclusão dos exames complementares. No mielograma, foi verificado uma expansão clonal de promielócitos anômalos (blastos) de tamanho médio, com núcleo excêntrico, granulação abundante e numerosos bastonetes de Auer. A imunofenotipagem apresentou os seguintes marcadores positivos: CD33 e CD13, marcadores de linhagem mieloide, e identificou imunofenótipo sugestivo de Leucemia Promielocítica Aguda, com 57% de blastos com marcação positiva para CD11c, sugerindo maturação dos promielócitos e compatível com uso de terapia alvo. Além da caracterização dos antígenos expressos pelas células envolvidas, a citometria de fluxo forneceu informação quanto ao tamanho e à granulosidade celular. Conclusão: Conclui-se que importância do tratamento e diagnóstico precoce da Leucemia Promielocítica Aguda são necessários para evitar sérios problemas de hemorragia e coagulação. A evolução do paciente necessita de avaliações clínicas detalhadas, além de amplo conhecimento acerca das opções terapêuticas.