如何组织一项活动来改善大学医院的教学和跨专业工作?

Carla Suely Souza de Paula, Cesimar Severiano do Nascimento, Niethia R. D. Lira, Natalia Castro de Carvalho Schachnik Nogueira, Maria Izadora Soares de Oliveira Carvalho
{"title":"如何组织一项活动来改善大学医院的教学和跨专业工作?","authors":"Carla Suely Souza de Paula, Cesimar Severiano do Nascimento, Niethia R. D. Lira, Natalia Castro de Carvalho Schachnik Nogueira, Maria Izadora Soares de Oliveira Carvalho","doi":"10.14295/jmphc.v8i3.629","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Introdução: A Educação Interprofissional (EIP) pode ser definida como a situação em que dois ou mais profissionais aprendem juntos sobre, a partir do e um com o outro, visando proporcionar a melhoria da assistência ao paciente1. A EIP e as Práticas Colaborativas (PC) estão tendo um enfoque cada vez maior na educação dos profissionais na área de saúde, visto que promove a desejada atenção integral ao indivíduo e, portanto, a melhoria da assistência. Tal fato foi evidenciado por Anderson, que estudou grupos interprofissionais de saúde na comunidade e Gibson et al que relataram a inserção de outros profissionais na atenção ao paciente psiquiátrico. Holland et al2 descreveram a redução das internações hospitalares de pacientes com insuficiência cardíaca quando acompanhados por equipes multiprofissionais. Observava-se, de forma semelhante, a redução da mortalidade em pacientes críticos internados em unidade de terapia intensiva (UTI) que eram acompanhados por equipes multiprofissionais. Autores como Barr, Carpenter, Linston e Anderson ressaltaram a importância de introduzir esta prática durante a graduação, bem como forneceram estratégias para tal. O momento correto para a introdução da atividade se, no início do curso ou mais tardiamente, ainda é controverso. No Brasil o interesse sobre as Atividades Interprofissionais (AIPs) vem crescendo nos últimos anos, visto que a integralidade da assistência à saúde constitui um dos eixos prioritários do Sistema Único de Saúde (SUS). O cenário brasileiro, entretanto, mostra que a formação é, sobretudo, uniprofissional e que as iniciativas de EIP ainda são tímidas, fazendo referência principalmente às ações multiprofissionais, seja na graduação, pós-graduação latu senso e, mais recentemente, referentes às atividades optativas extracurriculares como o Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde). Tais atividades frequentemente envolvem tutores da rede de saúde, estudantes e docentes da saúde, o Telessaúde, a Educação Profissional, o Programa de Formação de Profissionais de Nível Médio para Saúde (PROFAPS) e a Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde (UNASUS).3 A relevância do Trabalho Interprofissional (TIP) foi destacada na recente publicação das Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Medicina (2014)4, onde se observa que deve prevalecer o trabalho interprofissional em equipe, o desenvolvimento de relação horizontal, compartilhada, respeitando-se as necessidades e desejos da pessoa cuidada, a família e a comunidade. Um dos objetivos da formação é aprender interprofissionalmente com base na reflexão sobre a própria prática e pela troca de saberes com profissionais da área da saúde e de outras áreas do conhecimento, para a orientação, identificação e discussão dos problemas, estimulando o aprimoramento da colaboração e da qualidade da atenção à saúde. A despeito da importância do TIP e da EIP para a atenção integral, melhoria da segurança do paciente e do processo de trabalho das equipes, a atuação interpofissional é ainda bastante desafiadora em função da fragilidade das competências relacionadas às práticas colaborativas como a comunicação interpessoal5. Apesar da importância na alta complexidade e em especial, na abordagem ao paciente cardiopata, são escassas as experiências formais de ensino do TIP nas enfermarias do HUOL. O contato com os outros profissionais é realizado, habitualmente, através de uma abordagem individual, no formato de interconsultas, sem haver o compartilhamento ou troca de informações com o grupo, o que muitas vezes, proporciona grande dificuldade na comunicação entre as equipes, comprometendo a assistência. Assim, reconhecendo a relevância do TIP na assistência ao paciente cardiopata e a necessidade de adequação da formação voltada para a inserção da EIP e a realidade do HUOL, surgiram algumas questões: Será que pacientes internados no serviço de cardiologia do HUOL seriam favorecidos por essa prática? Seria possível, baseados nos modelos encontrados na literatura, elaborar uma estratégia de TIP e EIP factível a realidade de um hospital terciário, inserindo uma estratégia de EIP na formação para melhoria no aprendizado dos estudantes? Objetivos O objetivo deste estudo é  descrever o processo de implantação da Reunião Interprofissional da Cardiologia (RIC) como estratégia de ensino da educação interprofissional na graduação e pós-graduação da Universidade Federal do Rio grande do Norte (UFRN). Métodos Trata-se de um estudo tipo pesquisa-ação, qualitativo, exploratório e prospectivo, realizado de março de 2013 a novembro de 2014, no serviço de cardiologia do Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL), envolvendo profissionais da área da saúde do HUOL e estudantes de graduação e pós- graduação dos cursos de saúde da Universidade Federal do Rio grande do Norte (UFRN), desenvolvido em três etapas: Planejamento, implantação e avaliação da RIC. Essa foi feita um questionário semiestruturado online, utilizando a plataforma SurveyMonkey®, contendo questões fechadas com escala de Likert de cinco pontos, além de grupo focal para analisar a percepção dos participantes quanto a nova estratégia interprofissional. A análise dos dados foi descritiva, a partir dos resultados obtidos com o questionário. Para a análise qualitativa,  foi realizada a análise de conteúdo, conforme a temática categorial de Bardin. O estudo foi analisado e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário Onofre Lopes – CEP/HUOL, parecer no 666.965 e registro CAAE no 16420513.7.0000.5292. Resultados Após dois meses de planejamento, a etapa de implementação teve início, sendo realizadas 60 reuniões, discutido um caso clinico por sessão, envolvendo 1357 participantes. Após apresentação de cada caso, houve discussão interprofissional, ressaltando a especificidade de cada profissional para melhoria do cuidado integral ao paciente em questão. A liderança foi alternada de acordo com a necessidade individual do caso a ser discutido. Os grupos focais foram avaliados pela Análise Categorial de Bardin onde emergiram cinco categorias: Reconhecimento da participação em atividades interprofissionais prévias; Visão conceitual de atividades interprofissionais; Impactos da RIC na assistência; Contribuições da RIC na formação e Desafios da manutenção da RIC. Considerações finais (conclusões) O processo de planejamento e implantação da RIC atingiu os objetivos. Foi observado, pela análise dos grupos focais, que a RIC é uma estratégia que impacta positivamente tanto na assistência quanto no ensino, em especial nas residências em saúde. Em função da experiência exitosa da RIC, nos anos subsequentes houve fortalecimento e estruturação do serviço de cardiologia, que passou a ser reconhecido como equipe CardioHUOL. Novos profissionais foram integrados permanentemente a equipe interprofissional propiciando o surgimento da Residência Multiprofissional em Cardiologia. 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Observava-se, de forma semelhante, a redução da mortalidade em pacientes críticos internados em unidade de terapia intensiva (UTI) que eram acompanhados por equipes multiprofissionais. Autores como Barr, Carpenter, Linston e Anderson ressaltaram a importância de introduzir esta prática durante a graduação, bem como forneceram estratégias para tal. O momento correto para a introdução da atividade se, no início do curso ou mais tardiamente, ainda é controverso. No Brasil o interesse sobre as Atividades Interprofissionais (AIPs) vem crescendo nos últimos anos, visto que a integralidade da assistência à saúde constitui um dos eixos prioritários do Sistema Único de Saúde (SUS). O cenário brasileiro, entretanto, mostra que a formação é, sobretudo, uniprofissional e que as iniciativas de EIP ainda são tímidas, fazendo referência principalmente às ações multiprofissionais, seja na graduação, pós-graduação latu senso e, mais recentemente, referentes às atividades optativas extracurriculares como o Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde). Tais atividades frequentemente envolvem tutores da rede de saúde, estudantes e docentes da saúde, o Telessaúde, a Educação Profissional, o Programa de Formação de Profissionais de Nível Médio para Saúde (PROFAPS) e a Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde (UNASUS).3 A relevância do Trabalho Interprofissional (TIP) foi destacada na recente publicação das Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Medicina (2014)4, onde se observa que deve prevalecer o trabalho interprofissional em equipe, o desenvolvimento de relação horizontal, compartilhada, respeitando-se as necessidades e desejos da pessoa cuidada, a família e a comunidade. Um dos objetivos da formação é aprender interprofissionalmente com base na reflexão sobre a própria prática e pela troca de saberes com profissionais da área da saúde e de outras áreas do conhecimento, para a orientação, identificação e discussão dos problemas, estimulando o aprimoramento da colaboração e da qualidade da atenção à saúde. 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Assim, reconhecendo a relevância do TIP na assistência ao paciente cardiopata e a necessidade de adequação da formação voltada para a inserção da EIP e a realidade do HUOL, surgiram algumas questões: Será que pacientes internados no serviço de cardiologia do HUOL seriam favorecidos por essa prática? Seria possível, baseados nos modelos encontrados na literatura, elaborar uma estratégia de TIP e EIP factível a realidade de um hospital terciário, inserindo uma estratégia de EIP na formação para melhoria no aprendizado dos estudantes? Objetivos O objetivo deste estudo é  descrever o processo de implantação da Reunião Interprofissional da Cardiologia (RIC) como estratégia de ensino da educação interprofissional na graduação e pós-graduação da Universidade Federal do Rio grande do Norte (UFRN). 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O estudo foi analisado e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário Onofre Lopes – CEP/HUOL, parecer no 666.965 e registro CAAE no 16420513.7.0000.5292. Resultados Após dois meses de planejamento, a etapa de implementação teve início, sendo realizadas 60 reuniões, discutido um caso clinico por sessão, envolvendo 1357 participantes. Após apresentação de cada caso, houve discussão interprofissional, ressaltando a especificidade de cada profissional para melhoria do cuidado integral ao paciente em questão. A liderança foi alternada de acordo com a necessidade individual do caso a ser discutido. Os grupos focais foram avaliados pela Análise Categorial de Bardin onde emergiram cinco categorias: Reconhecimento da participação em atividades interprofissionais prévias; Visão conceitual de atividades interprofissionais; Impactos da RIC na assistência; Contribuições da RIC na formação e Desafios da manutenção da RIC. 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摘要

简介:跨专业教育(ipt)可以定义为两个或两个以上的专业人员一起学习、相互学习和相互学习的情况,以提供更好的病人护理1。EIP和合作做法越来越注重卫生专业人员的教育,因为它促进了对个人的全面关注,从而改善了护理。安德森研究了跨专业社区健康小组,吉布森等人报告了将其他专业人员纳入精神病人护理的情况,证明了这一事实。Holland等人描述了在多专业团队的陪伴下心力衰竭患者住院的减少。同样,在多专业团队的陪同下,重症监护病房(icu)的危重患者死亡率也有所降低。Barr, Carpenter, Linston和Anderson等作者强调了在毕业时引入这种做法的重要性,并提供了这样做的策略。在课程开始或晚些时候引入活动的正确时间仍有争议。在巴西,近年来人们对跨专业活动(AIPs)的兴趣有所增加,因为卫生保健的完整性是统一卫生系统(SUS)的优先轴之一。巴西的情况,与此同时,显示你的背景是,尤其是uniprofissional ipm计划还害羞,主要参照multiprofissionais股票,是研究生毕业,latu还相信,最近,有关可选的课外活动与健康教育的工作程序(PET -健康)。这些活动通常涉及卫生网络导师、卫生学生和教师、远程卫生、职业教育、卫生中级专业人员培训方案(PROFAPS)和统一卫生系统开放大学(UNASUS)跨部门工作的重要性(TIP)被分配在最近出版的国家医学课程教学大纲(2014)4,指出必须获胜的跨部门工作小组的发展水平关系,共享的需求和愿望,尊重所有人照顾,家庭和社区。培训的目标是学习interprofissionalmente的基础上反思自己的实践和你做的专业健康等领域的知识,对指导,确认和讨论的问题,鼓励合作的增强,和健康质量的关注。尽管TIP和EIP对整体护理、改善患者安全和团队工作流程很重要,但由于与协作实践(如人际沟通)相关的技能薄弱,专业间的表现仍然非常具有挑战性。尽管具有高度复杂性的重要性,特别是在治疗心脏病患者方面,但在HUOL病房中很少有正式的教学经验。与其他专业人员的接触通常是通过个人的方式进行的,以相互咨询的形式,而不与团队分享或交换信息,这往往给团队之间的沟通带来很大的困难,影响援助。因此,认识到TIP在心脏病患者护理中的重要性,以及需要适当的培训来插入ip和HUOL的现实,出现了一些问题:在HUOL心脏病科住院的患者会从这种做法中受益吗?是否有可能,在文献中发现的模型的基础上,发展一个可行的TIP和ip策略,以三级医院的现实,插入ip策略,以提高学生的学习?摘要本研究的目的是描述在北大联邦大学(UFRN)的本科和研究生中,心脏病学跨专业会议(RIC)作为跨专业教育教学策略的实施过程。方法是人行动的研究,定性的研究,探索未来,满足2013年3月至2014年11月,在汉弗莱·大学心血管医院的服务(HUOL),卫生专业人员和HUOL本科生和研究生课程的大学健康的里奥格兰德(联邦UFRN)开发的三个阶段:计划,实施和评估结构。
本文章由计算机程序翻译,如有差异,请以英文原文为准。
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Como estruturar uma atividade para melhoria do ensino e do trabalho interprofissional em um hospital universitário?
Introdução: A Educação Interprofissional (EIP) pode ser definida como a situação em que dois ou mais profissionais aprendem juntos sobre, a partir do e um com o outro, visando proporcionar a melhoria da assistência ao paciente1. A EIP e as Práticas Colaborativas (PC) estão tendo um enfoque cada vez maior na educação dos profissionais na área de saúde, visto que promove a desejada atenção integral ao indivíduo e, portanto, a melhoria da assistência. Tal fato foi evidenciado por Anderson, que estudou grupos interprofissionais de saúde na comunidade e Gibson et al que relataram a inserção de outros profissionais na atenção ao paciente psiquiátrico. Holland et al2 descreveram a redução das internações hospitalares de pacientes com insuficiência cardíaca quando acompanhados por equipes multiprofissionais. Observava-se, de forma semelhante, a redução da mortalidade em pacientes críticos internados em unidade de terapia intensiva (UTI) que eram acompanhados por equipes multiprofissionais. Autores como Barr, Carpenter, Linston e Anderson ressaltaram a importância de introduzir esta prática durante a graduação, bem como forneceram estratégias para tal. O momento correto para a introdução da atividade se, no início do curso ou mais tardiamente, ainda é controverso. No Brasil o interesse sobre as Atividades Interprofissionais (AIPs) vem crescendo nos últimos anos, visto que a integralidade da assistência à saúde constitui um dos eixos prioritários do Sistema Único de Saúde (SUS). O cenário brasileiro, entretanto, mostra que a formação é, sobretudo, uniprofissional e que as iniciativas de EIP ainda são tímidas, fazendo referência principalmente às ações multiprofissionais, seja na graduação, pós-graduação latu senso e, mais recentemente, referentes às atividades optativas extracurriculares como o Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde). Tais atividades frequentemente envolvem tutores da rede de saúde, estudantes e docentes da saúde, o Telessaúde, a Educação Profissional, o Programa de Formação de Profissionais de Nível Médio para Saúde (PROFAPS) e a Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde (UNASUS).3 A relevância do Trabalho Interprofissional (TIP) foi destacada na recente publicação das Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Medicina (2014)4, onde se observa que deve prevalecer o trabalho interprofissional em equipe, o desenvolvimento de relação horizontal, compartilhada, respeitando-se as necessidades e desejos da pessoa cuidada, a família e a comunidade. Um dos objetivos da formação é aprender interprofissionalmente com base na reflexão sobre a própria prática e pela troca de saberes com profissionais da área da saúde e de outras áreas do conhecimento, para a orientação, identificação e discussão dos problemas, estimulando o aprimoramento da colaboração e da qualidade da atenção à saúde. A despeito da importância do TIP e da EIP para a atenção integral, melhoria da segurança do paciente e do processo de trabalho das equipes, a atuação interpofissional é ainda bastante desafiadora em função da fragilidade das competências relacionadas às práticas colaborativas como a comunicação interpessoal5. Apesar da importância na alta complexidade e em especial, na abordagem ao paciente cardiopata, são escassas as experiências formais de ensino do TIP nas enfermarias do HUOL. O contato com os outros profissionais é realizado, habitualmente, através de uma abordagem individual, no formato de interconsultas, sem haver o compartilhamento ou troca de informações com o grupo, o que muitas vezes, proporciona grande dificuldade na comunicação entre as equipes, comprometendo a assistência. Assim, reconhecendo a relevância do TIP na assistência ao paciente cardiopata e a necessidade de adequação da formação voltada para a inserção da EIP e a realidade do HUOL, surgiram algumas questões: Será que pacientes internados no serviço de cardiologia do HUOL seriam favorecidos por essa prática? Seria possível, baseados nos modelos encontrados na literatura, elaborar uma estratégia de TIP e EIP factível a realidade de um hospital terciário, inserindo uma estratégia de EIP na formação para melhoria no aprendizado dos estudantes? Objetivos O objetivo deste estudo é  descrever o processo de implantação da Reunião Interprofissional da Cardiologia (RIC) como estratégia de ensino da educação interprofissional na graduação e pós-graduação da Universidade Federal do Rio grande do Norte (UFRN). Métodos Trata-se de um estudo tipo pesquisa-ação, qualitativo, exploratório e prospectivo, realizado de março de 2013 a novembro de 2014, no serviço de cardiologia do Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL), envolvendo profissionais da área da saúde do HUOL e estudantes de graduação e pós- graduação dos cursos de saúde da Universidade Federal do Rio grande do Norte (UFRN), desenvolvido em três etapas: Planejamento, implantação e avaliação da RIC. Essa foi feita um questionário semiestruturado online, utilizando a plataforma SurveyMonkey®, contendo questões fechadas com escala de Likert de cinco pontos, além de grupo focal para analisar a percepção dos participantes quanto a nova estratégia interprofissional. A análise dos dados foi descritiva, a partir dos resultados obtidos com o questionário. Para a análise qualitativa,  foi realizada a análise de conteúdo, conforme a temática categorial de Bardin. O estudo foi analisado e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário Onofre Lopes – CEP/HUOL, parecer no 666.965 e registro CAAE no 16420513.7.0000.5292. Resultados Após dois meses de planejamento, a etapa de implementação teve início, sendo realizadas 60 reuniões, discutido um caso clinico por sessão, envolvendo 1357 participantes. Após apresentação de cada caso, houve discussão interprofissional, ressaltando a especificidade de cada profissional para melhoria do cuidado integral ao paciente em questão. A liderança foi alternada de acordo com a necessidade individual do caso a ser discutido. Os grupos focais foram avaliados pela Análise Categorial de Bardin onde emergiram cinco categorias: Reconhecimento da participação em atividades interprofissionais prévias; Visão conceitual de atividades interprofissionais; Impactos da RIC na assistência; Contribuições da RIC na formação e Desafios da manutenção da RIC. Considerações finais (conclusões) O processo de planejamento e implantação da RIC atingiu os objetivos. Foi observado, pela análise dos grupos focais, que a RIC é uma estratégia que impacta positivamente tanto na assistência quanto no ensino, em especial nas residências em saúde. Em função da experiência exitosa da RIC, nos anos subsequentes houve fortalecimento e estruturação do serviço de cardiologia, que passou a ser reconhecido como equipe CardioHUOL. Novos profissionais foram integrados permanentemente a equipe interprofissional propiciando o surgimento da Residência Multiprofissional em Cardiologia. A visita interprofissional a beira do leito realizada semanalmente foi implantada e atividades similares foram iniciadas no serviço de Oncologia da instituição.
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