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O conceito de autoficção ainda não chegou a uma forma que possibilite delimitar exatamente quais obras literárias podem ser identificadas como tal. Há uma oscilação no conceito, que vai da forma original, bem delimitada, a desdobramentos que têm se tornado cada vez mais inclusivos. O que se sabe é que se trata de uma modalidade literária, e não de um gênero, caracterizado pela mistura de elementos autobiográficos, reais, e ficcionais, produtos do imaginário, no mesmo texto, de modo que ambos permaneçam indiscerníveis a partir da configuração estética. O elemento que torna reconhecível toda obra autoficcional é a natureza do pacto de leitura, que é ambíguo, e tem nessa ambiguidade uma intencionalidade que preside à elaboração e deve ser percebida, necessariamente, pelo leitor.