{"title":"文学与音乐:声音、倾听与重新魅力","authors":"Maria Aparecida da Silva","doi":"10.11606/issn.1984-1124.i31p19-31","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Tomando como ponto de partida o pensamento de Roland Barthes, Claude Lévi-Strauss e Charles Baudelaire sobre a eficácia da relação Literatura/Música, o presente estudo examina efeitos produzidos pelo diálogo estabelecido entre esses dois campos artísticos postos em intersecção. Nesse sentido, verifica-se que o conjunto de efeitos gerados compõe certa zona de convergência configurada pela experiência do “inusitado” vivenciada pelo sujeito. Elucida-se tal vivência com base na reflexão do filósofo François Jullien que o justifica pelo conceito de “transformações silenciosas” enquanto aflorar de sensações inesperadas. Seja em L’Obvie et l’obtus e em La Préparation du roman, de Barthes, seja em Tristes Trópicos e em Olhar Escutar Ler, de Lévi-Strauss, e seja em Critique musicale, de Baudelaire, a ênfase sobre a liberdade de escuta do sujeito-espectador permite verificar a eficácia de Literatura e Música associadas pelo reencantamento singular que produz na subjetividade expandida e em constante redescoberta.","PeriodicalId":371417,"journal":{"name":"Revista Criação & Crítica","volume":"21 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-12-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Literatura e música: voz, escuta e reencantamento\",\"authors\":\"Maria Aparecida da Silva\",\"doi\":\"10.11606/issn.1984-1124.i31p19-31\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Tomando como ponto de partida o pensamento de Roland Barthes, Claude Lévi-Strauss e Charles Baudelaire sobre a eficácia da relação Literatura/Música, o presente estudo examina efeitos produzidos pelo diálogo estabelecido entre esses dois campos artísticos postos em intersecção. Nesse sentido, verifica-se que o conjunto de efeitos gerados compõe certa zona de convergência configurada pela experiência do “inusitado” vivenciada pelo sujeito. Elucida-se tal vivência com base na reflexão do filósofo François Jullien que o justifica pelo conceito de “transformações silenciosas” enquanto aflorar de sensações inesperadas. Seja em L’Obvie et l’obtus e em La Préparation du roman, de Barthes, seja em Tristes Trópicos e em Olhar Escutar Ler, de Lévi-Strauss, e seja em Critique musicale, de Baudelaire, a ênfase sobre a liberdade de escuta do sujeito-espectador permite verificar a eficácia de Literatura e Música associadas pelo reencantamento singular que produz na subjetividade expandida e em constante redescoberta.\",\"PeriodicalId\":371417,\"journal\":{\"name\":\"Revista Criação & Crítica\",\"volume\":\"21 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2021-12-30\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Revista Criação & Crítica\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.i31p19-31\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Criação & Crítica","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.i31p19-31","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Tomando como ponto de partida o pensamento de Roland Barthes, Claude Lévi-Strauss e Charles Baudelaire sobre a eficácia da relação Literatura/Música, o presente estudo examina efeitos produzidos pelo diálogo estabelecido entre esses dois campos artísticos postos em intersecção. Nesse sentido, verifica-se que o conjunto de efeitos gerados compõe certa zona de convergência configurada pela experiência do “inusitado” vivenciada pelo sujeito. Elucida-se tal vivência com base na reflexão do filósofo François Jullien que o justifica pelo conceito de “transformações silenciosas” enquanto aflorar de sensações inesperadas. Seja em L’Obvie et l’obtus e em La Préparation du roman, de Barthes, seja em Tristes Trópicos e em Olhar Escutar Ler, de Lévi-Strauss, e seja em Critique musicale, de Baudelaire, a ênfase sobre a liberdade de escuta do sujeito-espectador permite verificar a eficácia de Literatura e Música associadas pelo reencantamento singular que produz na subjetividade expandida e em constante redescoberta.