Natan Augusto de Almeida Santana, Ana Luiza Machado Ribeiro Pimentel, Camila Moreira Caetano Vaz, Lyandra Yuri Katsuyama Nogueira, Lara Pedriel Barreto, Ana Claudia de Oliveira Lopes, Bruna Costa Alves, Lara Labre Cavalcante
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A educação do paciente e a conscientização sobre o acompanhamento oftalmológico são fundamentais para o sucesso do tratamento. OBJETIVO: Elencar os principais tratamentos para a uveíte anterior crônica e suas respostas terapêuticas na faixa etária pediátrica, a fim de avaliar quais os tratamentos com melhor eficácia e menor efeitos adversos. MÉTODOS: Trata-se de revisão sistemática de ensaios clínicos composta por artigos do PubMed. Os termos MeSH são uveits, juvenile idiopathic arthritis e o operador booleano AND. Os filtros aplicados foram: 10 years; clinical trial e free full text. Compuseram a revisão 6 artigos de 8 originais. RESULTADOS: Diversos artigos avaliam a eficácia do adalimumabe em combinação com metotrexato no tratamento da uveíte em pacientes com artrite idiopática juvenil (AIJ). Um estudo clínico mostrou que essa combinação é eficaz no controle da uveíte, resultando em uma taxa significativamente maior de remissão da doença, redução da atividade inflamatória e melhora na acuidade visual em comparação com o tratamento convencional. Além disso, outros estudos investigaram o uso de probióticos e o consumo de mirtilo como abordagens complementares para o tratamento da uveíte relacionada à AIJ. Os probióticos mostraram melhorias nos parâmetros clínicos e imunológicos em pacientes com AIJ relacionada à entesite, enquanto o consumo de mirtilo foi associado a uma melhoria significativa na atividade da doença em pacientes tratados com etanercept. Cabe ressaltar que a padronização dos protocolos de tratamento é essencial nesse processo de decisão terapêutica. CONCLUSÃO: O tratamento da uveíte relacionada à artrite idiopática juvenil (AIJ) é um desafio importante. Estudos clínicos mostraram que a combinação de adalimumabe e metotrexato é eficaz no controle da uveíte em pacientes pediátricos com AIJ, resultando em remissão da doença, redução da atividade inflamatória e melhora na acuidade visual. Terapias complementares, como probióticos e consumo de mirtilo, também mostraram benefícios. No entanto, a falta de consenso e diretrizes claras indica a necessidade de mais pesquisas e padronização dos protocolos de tratamento para melhorar os resultados clínicos em crianças com uveíte relacionada à AIJ.","PeriodicalId":416139,"journal":{"name":"STUDIES IN HEALTH SCIENCES","volume":"80 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-07-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"O tratamento da Uveíte relacionada à Artrite Idiopática juvenil: uma revisão sistemática de ensaios clínicos\",\"authors\":\"Natan Augusto de Almeida Santana, Ana Luiza Machado Ribeiro Pimentel, Camila Moreira Caetano Vaz, Lyandra Yuri Katsuyama Nogueira, Lara Pedriel Barreto, Ana Claudia de Oliveira Lopes, Bruna Costa Alves, Lara Labre Cavalcante\",\"doi\":\"10.54022/shsv4n2-011\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"INTRODUÇÃO: A uveíte é uma inflamação ocular que pode levar à perda de visão se não tratada corretamente. 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O tratamento da Uveíte relacionada à Artrite Idiopática juvenil: uma revisão sistemática de ensaios clínicos
INTRODUÇÃO: A uveíte é uma inflamação ocular que pode levar à perda de visão se não tratada corretamente. A artrite idiopática juvenil (AIJ) é uma doença reumática crônica que afeta crianças e adolescentes. A uveíte é uma complicação comum em pacientes com AIJ, ocorrendo em 10% a 30% dos casos. É essencial detectar precocemente a uveíte e realizar acompanhamento oftalmológico regular para evitar danos irreversíveis. O tratamento envolve uma abordagem multidisciplinar, visando controlar a inflamação ocular e a atividade da artrite. Corticosteroides, imunomoduladores e terapias biológicas são opções terapêuticas. A educação do paciente e a conscientização sobre o acompanhamento oftalmológico são fundamentais para o sucesso do tratamento. OBJETIVO: Elencar os principais tratamentos para a uveíte anterior crônica e suas respostas terapêuticas na faixa etária pediátrica, a fim de avaliar quais os tratamentos com melhor eficácia e menor efeitos adversos. MÉTODOS: Trata-se de revisão sistemática de ensaios clínicos composta por artigos do PubMed. Os termos MeSH são uveits, juvenile idiopathic arthritis e o operador booleano AND. Os filtros aplicados foram: 10 years; clinical trial e free full text. Compuseram a revisão 6 artigos de 8 originais. RESULTADOS: Diversos artigos avaliam a eficácia do adalimumabe em combinação com metotrexato no tratamento da uveíte em pacientes com artrite idiopática juvenil (AIJ). Um estudo clínico mostrou que essa combinação é eficaz no controle da uveíte, resultando em uma taxa significativamente maior de remissão da doença, redução da atividade inflamatória e melhora na acuidade visual em comparação com o tratamento convencional. Além disso, outros estudos investigaram o uso de probióticos e o consumo de mirtilo como abordagens complementares para o tratamento da uveíte relacionada à AIJ. Os probióticos mostraram melhorias nos parâmetros clínicos e imunológicos em pacientes com AIJ relacionada à entesite, enquanto o consumo de mirtilo foi associado a uma melhoria significativa na atividade da doença em pacientes tratados com etanercept. Cabe ressaltar que a padronização dos protocolos de tratamento é essencial nesse processo de decisão terapêutica. CONCLUSÃO: O tratamento da uveíte relacionada à artrite idiopática juvenil (AIJ) é um desafio importante. Estudos clínicos mostraram que a combinação de adalimumabe e metotrexato é eficaz no controle da uveíte em pacientes pediátricos com AIJ, resultando em remissão da doença, redução da atividade inflamatória e melhora na acuidade visual. Terapias complementares, como probióticos e consumo de mirtilo, também mostraram benefícios. No entanto, a falta de consenso e diretrizes claras indica a necessidade de mais pesquisas e padronização dos protocolos de tratamento para melhorar os resultados clínicos em crianças com uveíte relacionada à AIJ.