{"title":"领土叙事对话中的教育、身份与优生学","authors":"José Carlos dos Santos, Mirtha Lúcia Legal","doi":"10.48075/educare.v18i45.30849","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O artigo retrata fatos e narrativas a despeito da identidade nacional do Brasil. Propõe perceber estrategias que unem saber e poder para construir uma governamentalidade (FOUCAULT, 1979) entre os anos iniciais até as cinco primeiras décadas do século XX. Com enfoque especial na territorialidade paranaense, descreve a eugenia como grande filosofia evolucionista adotada por pensadores no Brasil e no Paraná, como forma de conversação e, portanto, de instrumentalização política de enfrentar esta questão, dimensionando o biotipo humano do caboclo nacional e a miscigenação biológica e cultural com imigrante desejável e, no seu contraponto, o como a representação de indesejáveis excluiu sujeitos, habitos e modos de ser não congruentes com um modelo nacional desejado. A partir de fontes normativas, bibliografias, discursos políticos e publicações em meios oficiais como a Revista O ensino e Atas da Assembléia Legislativa, aponta-se os discursos de eugenia se desdobrando em representaçoes e projetos de assentamento de colonos e escolarização. Como resultado das reflexões, conclui-se que o desejo não não construiu seu objeto, mas disseminou visibilidades que interferiram no meio social do hinterland paranaense, como as Colonias, as sociedades científicas, as escolas.","PeriodicalId":228791,"journal":{"name":"Educere et Educare","volume":"24 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-04-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"EDUCAÇÃO, IDENTIDADE E EUGENIA EM CONVERSAÕES NARRATIVAS SOBRE TERRITORIALIDADE\",\"authors\":\"José Carlos dos Santos, Mirtha Lúcia Legal\",\"doi\":\"10.48075/educare.v18i45.30849\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"O artigo retrata fatos e narrativas a despeito da identidade nacional do Brasil. Propõe perceber estrategias que unem saber e poder para construir uma governamentalidade (FOUCAULT, 1979) entre os anos iniciais até as cinco primeiras décadas do século XX. Com enfoque especial na territorialidade paranaense, descreve a eugenia como grande filosofia evolucionista adotada por pensadores no Brasil e no Paraná, como forma de conversação e, portanto, de instrumentalização política de enfrentar esta questão, dimensionando o biotipo humano do caboclo nacional e a miscigenação biológica e cultural com imigrante desejável e, no seu contraponto, o como a representação de indesejáveis excluiu sujeitos, habitos e modos de ser não congruentes com um modelo nacional desejado. A partir de fontes normativas, bibliografias, discursos políticos e publicações em meios oficiais como a Revista O ensino e Atas da Assembléia Legislativa, aponta-se os discursos de eugenia se desdobrando em representaçoes e projetos de assentamento de colonos e escolarização. Como resultado das reflexões, conclui-se que o desejo não não construiu seu objeto, mas disseminou visibilidades que interferiram no meio social do hinterland paranaense, como as Colonias, as sociedades científicas, as escolas.\",\"PeriodicalId\":228791,\"journal\":{\"name\":\"Educere et Educare\",\"volume\":\"24 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2023-04-12\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Educere et Educare\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.48075/educare.v18i45.30849\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Educere et Educare","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.48075/educare.v18i45.30849","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
EDUCAÇÃO, IDENTIDADE E EUGENIA EM CONVERSAÕES NARRATIVAS SOBRE TERRITORIALIDADE
O artigo retrata fatos e narrativas a despeito da identidade nacional do Brasil. Propõe perceber estrategias que unem saber e poder para construir uma governamentalidade (FOUCAULT, 1979) entre os anos iniciais até as cinco primeiras décadas do século XX. Com enfoque especial na territorialidade paranaense, descreve a eugenia como grande filosofia evolucionista adotada por pensadores no Brasil e no Paraná, como forma de conversação e, portanto, de instrumentalização política de enfrentar esta questão, dimensionando o biotipo humano do caboclo nacional e a miscigenação biológica e cultural com imigrante desejável e, no seu contraponto, o como a representação de indesejáveis excluiu sujeitos, habitos e modos de ser não congruentes com um modelo nacional desejado. A partir de fontes normativas, bibliografias, discursos políticos e publicações em meios oficiais como a Revista O ensino e Atas da Assembléia Legislativa, aponta-se os discursos de eugenia se desdobrando em representaçoes e projetos de assentamento de colonos e escolarização. Como resultado das reflexões, conclui-se que o desejo não não construiu seu objeto, mas disseminou visibilidades que interferiram no meio social do hinterland paranaense, como as Colonias, as sociedades científicas, as escolas.